ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEUS DETERMINANTES EM PACIENTES ATENDIDOS NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Promoção da Saúde BR UEPB Mestrado Interdisciplinar em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2141 |
Resumo: | A hipertensão arterial é considerada um grave problema de saúde pública por seu impacto social e econômico, sendo também um importante fator de risco para o aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Portanto, conquistar e manter a adesão do paciente ao tratamento representa um grande desafio, principalmente por ser uma doença crônica, cujo controle implica em um tratamento prolongado e em uma mudança de estilo de vida. Este estudo descritivo, teve como objetivo avaliar o grau de adesão ao tratamento e seus fatores determinantes, assim como identificar o perfil dos hipertensos cadastrados no Programa Saúde da Família. Os métodos utilizados para avaliar a adesão foram o auto-relato e revisão dos prontuários da família. Os resultados de acordo com os métodos estatísticos de Qui-Quadrado da Razão de Verossimilhança (χ²,RV), mostraram um maior percentual de hipertensos na faixa etária acima de sessenta anos (50%); com predomínio do sexo feminino (73,33%); renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (78%); casados (68%) e com baixo grau de escolaridade (41,34%). Quanto à presença dos fatores de risco: 82,67% não fumavam; 88,66% não ingeriam bebidas alcoólicas; 70,33% apresentavam sobrepeso/obesidade; 67,33% eram sedentários e 78,67% seguiam dieta hipossódica. A taxa de adesão observada pelo método do auto-relato foi 74,67% no grau mais aderente. Quanto à relação entre a adesão e controle pressórico, observou-se que 31,33% apresentavam pressão arterial controlada utilizando o critério da DBHA, IV., (2002). A análise de variância multivariada, determinada pelo teste Hotelling-Lawley para identificar os efeitos positivos entre as varáveis estudadas e grau de adesão mostrou que o gênero (p = 0,0420); não ingestão de bebidas alcoólicas (p=0,0001); freqüentam grupo de hipertensão (p=0,0545) e reconhecem quando está com a pressão alta (p=0,0336), tiveram efeitos significativos sobre a adesão. A principal razão apontada pelos hipertensos que contribuiu para a ocorrência de falhas no seguimento da prescrição médica foi o esquecimento (71%). Os resultados da pesquisa sugerem que é necessária uma abordagem ao tratamento da hipertensão que estimule o envolvimento do hipertenso no autocuidado, considerando seu conhecimento sobre a doença, tratamento e compromisso com a saúde, assim como um maior empenho da equipe de saúde em viabilizar estratégias que possam minimizar os fatores que interferem na aceitação ao tratamento |