Autocuidado: práticas dos profissionais vinculados às residências do Estado da Paraíba e suas implicações na atenção primária à saúde
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Mestrado Profissional em Saúde da Família em Rede Nacional - PROFSAÚDE |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5138 |
Resumo: | Autocuidado é a habilidade de indivíduos, famílias e/ou comunidades, de manter e promover a saúde, prevenir e lidar com doenças e incapacidades, com ou sem o auxílio de um profissional de saúde. Neste trabalho, o objetivo foi descrever as competências e habilidades relacionadas ao autocuidado de residentes e preceptores vinculados aos Programas de Residência em Medicina da Família e Comunidade (MFC) e Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) do estado da Paraíba - Brasil; bem como investigar a associação entre autocuidado e as práticas desses profissionais na Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, com amostra tipo censo composta por 300 profissionais. Os dados foram obtidos por meio de questionário eletrônico aplicado no segundo semestre de 2023. Foram realizadas análise descritiva, bivariada (Qui-quadrado e Exato de Fisher) e de regressão logística. Foi verificada associação da variável de agrupamento autocuidado com as variáveis sociodemográficas e laborativas, condições de saúde física e mental e prática profissional. A maioria dos participantes era do sexo feminino (69,3%), não tinha companheiro (53,4%) e nem filhos (75,7%). Metade dos profissionais (54,0%) tinha habilidades de autocuidado; as quais foram associadas à percepção do estado de saúde como muito bom ou excelente. Entre os médicos 36,4% e 7,7% declararam que estavam com sobrepeso e obesidade, respectivamente; e as prevalências foram semelhantes para os multiprofissionais. Mais médicos afirmaram ter algum transtorno mental (46,9%) do que multiprofissionais (31,5%) (p=0,022). Os profissionais que afirmaram cuidar de si sempre ou frequentemente se sentiam “muito motivados” para fazer orientações sobre autocuidado no serviço (p=0,006); desenvolviam mais projetos de Educação em Saúde (p=0,042) e tinham mais experiências profissionais sobre prevenção e manejo da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) (p=0,026) em relação aos que que não se cuidavam ou se cuidavam esporadicamente. As habilidades de autocuidado do profissional de saúde na sua vida pessoal foram associadas à motivação para realizar orientações sobre autocuidado junto à população assistida na APS. Nosso achados apontam para a necessidade de ações e políticas que estimulem o autocuidado direcionadas aos profissionais de saúde, tendo em vista que isto pode ter repercussão positiva no seu território de atuação. O produto técnico produzido consistiu em um relatório técnico conclusivo, no formato de portfólio para divulgação, com uma síntese dos achados do trabalho do grupo de pesquisa, sugestões e recomendações para os participantes do estudo, visando melhorias no processo formativo implementado nas residências. Este Trabalho de Conclusão de Mestrado é fruto do Programa de Pós-graduação stricto sensu Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE). |