Diversidade funcional e taxonômica de Chironomidae em reservatórios do semiárido em um cenário de seca extrema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Melo, Dalescka Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3847
Resumo: As mudanças climáticas atuais têm revelado uma maior frequência de eventos extremos climáticos. A seca extrema é um exemplo de um extremo climático, que origina flutuações severas no volume hídrico dos ecossistemas aquáticos. Isto tem pressionando as espécies a adaptarem-se às novas condições. No entanto, nem todas as espécies conseguem persistir sobre os novos regimes climáticos, podendo comprometer a biodiversidade local. Diante disso, esta dissertação buscou avaliar como eventos de seca extrema afetam o volume hídrico dos reservatórios de diferentes bacias do semiárido e como essas variações condicionam a coexistência da assembleia de Chironomidae. Testamos a hipótese de que, o cenário de seca extrema condicionará a diversidade local, favorecendo a ocorrência de gêneros com características funcionais capazes de tolerarem o estresse hídrico causado pelas flutuações no volume. Também, a diversidade taxonômica e funcional, particularmente o componente β diminuirá como resultado da homogeneização biótica das assembleias de Chironomidae em ambas as bacias. Para testar a hipótese, os Chironomidae de seis reservatórios de diferentes regiões do semiárido brasileiro foram estudados (256 pontos) em 2014, 2015 e 2019. Período este de seca extrema, com precipitação apenas a partir de 2018, mas abaixo da média anual. Os Chironomidae foram então analisados, em diferentes componentes da diversidade α, β e  nas dimensões taxonômica usando o índice de Simpson e funcional o índice de Rao. Para avaliar mudanças na assembleia em função do volume hídrico foram calculados a Riqueza taxonômica e funcional, Diversidade de Simpson, Entropia Quadrática de Rao, Redundância funcional e os atributos funcionais dominantes da assembleia (community weigthed means- CWM). Os principais resultados mostram que a β diversidade taxonômica e funcional foi proporcionalmente superior ao α na bacia Paraíba, exceto em 2019 (proporções α e β próximas) e no Piranhas-Açu ocorreu o inverso exceto em 2015 (apenas β funcional inferior). Os índices de diversidade e a CWM mostraram que as flutuações no volume hídrico exercem influência na composição taxonômicas e respostas funcionais da assembleia, sendo estas mais evidentes na bacia Piranhas-Açu. O efeito combinado das flutuações do volume hídrico e das condições do habitat atuam como um filtro, limitando a coexistência de gêneros e funções. Promovendo diferentes respostas dependentes das características da bacia/reservatório, como um turnover moderado de espécies e funções ou turnover, mas funções similares em situações de maior seca e menor volume hídrico ou até mesmo homogeneização biótica nos períodos de maior volume.