O Pagador de Promessas no contexto do drama/teatro brasileiro moderno: discussão sobre a tragédia nacional - popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Josué Pereira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2523
Resumo: Trata-se de um estudo da recepção crítica, além de um esboço de análise-interpretação, de O pagador de promessas que pretende discutir as interpretações que situam este texto no paradigma aristotélico da tragédia. Mediante uma revisão histórico-crítica em torno do teatro/drama brasileiro moderno, situando-se esta peça junto à tendência nacional-popular, tornada contra-hegemônica na busca e consolidação de um teatro nacional, entre fins da década de 1950 e meados da década de 1970. Em meio à pluralidade artística deste período, pode-se discutir este texto a partir do que Peter Szondi chama de crise do drama, entendida como aquela em que os temas surgidos a partir do desenvolvimento do capitalismo e suas contradições não mais se adéquam à forma antiga da Dramática – o assim chamado drama burguês ou absoluto – e fazem eclodir uma nova forma a que se chama de drama moderno. Nesta forma do drama, do diálogo emergem elementos épico-narrativos incorporados à estrutura. É preciso também discutir que, apesar de a peça de Dias Gomes apresentar, aparentemente, traços formais semelhantes aos das tragédias antigas (como o conflito trágico cerrado, unidade de ação, tempo e lugar, resquícios do coro, descomedimento e catástrofe), estes elementos estão em embate com a irrupção do épico, revelada na incapacidade de entendimento entre dois brasis, o rural e o urbano, materializado nos diálogos que se tornam, assim, “improdutivos”, abrindo espaço para o questionamento que avulta em nossa argumentação.