Recuperação da biomassa de algas de lagoas de estabilização por flotação por ar dissolvido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Torres, Dayana Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3182
Resumo: Esta pesquisa avaliou o desempenho de um sistema de flotação por ar dissovido (FAD) para a recuperação da biomassa algal dos efluentes de lagoas de estabilização localizadas no nordeste brasileiro e utilizadas para o tratamento de esgotos domésticos. A recuperação da biomassa tem por objetivo avaliar seu uso como matéria-prima para produção de biodiesel. Foram testados dois coagulantes, o policloreto de alumínio (PAC) e o cloreto férrico (CF), nas diferentes amostras de efluentes seguindo um delineamento experimental em fatorial aleatório (3^4-1 - 4 fatores e 3 níveis), em triplicata. A análise fatorial mostrou que a dose de coagulante foi o fator mais importante nos experimentos com PAC tanto para a lagoa facultativa como para a de maturação. Para PAC, é possível trabalhar com o pH da amostra natural, dose de 100 mg/L, taxa de recirculação de 10% e tempo de floculação de 15 minutos, sendo capaz de recuperar uma biomassa de algas, em base seca, de cerca de 1609 kg/dia e 764 kg/dia para a lagoa facultativa e de maturação, respectivamente. A aplicação de CF na FAD foi mais eficiente, e o uso de coagulantes pode ser feito em quantidades menores, com concentração de 75 mg/L; no entanto, é necessário correção do pH para o valor de 5,5, gerando uma biomassa, em base seca, de 1099 kg/dia para a lagoa facultativa e 776 kg/dia para a lagoa de maturação. Os gêneros predominantes na biomassa das lagoas foram Synechococcus sp., Synechocytis sp. e Chlorella sp. A extração da fração lipídica da biomassa foi feita com agitador mecânico associado a ultrassom, utilizando n-hexano, sendo o extrato analisado através de técnicas espectroscópicas e termogravimétricas. O melhor rendimento (5,18%), em termos de material lipídico da biomassa, foi verificado nas amostras da lagoa facultativa com PAC. Os espectros de infravermelho e a cromatografia em camada delgada detectaram a presença de éster, ácidos graxos e triglicerídeos no extrato do material lipídico, e as análises de absorção atômica indicaram a presença de teores de ferro e alumínio na biomassa seca e residual. De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa conclui-se que o material lipídico extraído das microalgas identificadas na lagoa de estabilização tem o potencial de produzir um óleo rico em triglicerídeos que pode ser utilizado na produção de biodiesel.