Percepções e acessibilidade da pessoa surda aos serviços de saúde bucal
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4726 |
Resumo: | No Brasil, a acessibilidade aos serviços de saúde pela pessoa com deficiência auditiva encontra como um dos principais entraves, a comunicação, que limita consideravelmente o estabelecimento de vínculo assistencial e, consequentemente, um cuidado integral e resolutivo. O objetivo desta pesquisa foi compreender e refletir a respeito das vivências, percepções e sentimentos da pessoa surda sobre a acessibilidade aos serviços de saúde bucal. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa na Escola Estadual de Audiocomunicação Demóstenes da Cunha Lima (EDAC), referência para o ensino da comunidade surda da regional de Campina Grande, Paraíba, Nordeste. Participaram da pesquisa 13 surdos maiores de 18 anos. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro semiestruturado para entrevistas, as quais foram realizadas individualmente pela pesquisadora responsável, sempre com o auxílio de um intérprete/tradutor de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e registradas por meio da gravação em áudio da fala do intérprete e em vídeo do entrevistado, sendo integralmente transcritas para o Português. Ademais, também foi adotado o diário de campo como ferramenta de pesquisa. Os dados produzidos foram submetidos à Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin com auxílio do software de análise qualitativa ATLAS.ti, versão 23.0.7.0. O estudo segue a Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e obteve parecer favorável após apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Os participantes não tiveram a experiência de serem atendidos por profissionais com domínio da LIBRAS, apesar de a enxergarem como uma excelente opção, relatando utilizar as mais diversas estratégias para possibilitar o atendimento odontológico, as quais quase nunca os oferecem autonomia, privacidade e resolutividade. O desafio de comunicar-se com os profissionais de saúde, pela diferença linguística, somam-se à pouca disponibilidade, boa vontade e interesse desses em interagir com o paciente surdo durante as consultas. Os sentimentos percebidos vão desde indiferença e conformismo, até angústia, incerteza e medo. Para os surdos, a atenção à saúde bucal ocorre a partir do entendimento das particularidades de cada um e da disponibilidade profissional em atendê-los enquanto atores principais no espaço da produção e consumo das práticas em saúde. |