Estrutura e diversidade da vegetação de caatinga em áreas serranas no trópico semi-árido paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cordeiro, Adriano Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Tecnologia Ambiental
BR
UEPB
Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental - MCTA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1714
Resumo: A biodiversidade de áreas em gradientes altitudinais no Brasil é pouco estudada. No Nordeste do Brasil e especialmente na região semiárida muitas áreas serranas são encontradas e aparentemente funcionam como refúgios à vegetação de Caatinga por apresentarem-se como obstáculos naturais ao antropismo. A necessidade de se avaliar a fitodiversidade contida em dois fragmentos de vegetação encontrados na serra da Fontainha (7°28'74 S e 36º23'47 ) em Cabaceiras e na Serra Bonita (07°44′42″S e 36°02′56″) em Alcantil por meio de sua quantificação, bem como compreender a organização estrutural das comunidades vegetais, face às variações altitudinais tornou-se o objetivo deste trabalho. O estudo ocorreu no período de novembro de 2010 a maio de 2011. Para amostragem da comunidade vegetal nas serras, foi adotado o método do ponto-e-quadrante. Em cada serra foram escolhidas 30 unidades amostrais (transectos), cada unidade dividida em 6 pontos, os quais distavam 10m entre si. Os transectos foram distribuídos de forma a separar os gradientes altitudinais. Em todos os pontos foram aferidos o diâmetro ao nível do solo e a altura total, sendo o critèrio de inclusão os indivíduos a Altura (h) ≥1 m e o diãmetro ao nível do solo (DNS) ≥ 3 cm. Para a classificação hierárquica dos táxons foi utilizado o sistema Angiosperm Phylogeny Group II (APG II, 2003). Para análise da composição florística e dos parâmetros fitossociológicos foi utilizado o software Mata Nativa (CIENTEC, 2002). Os dados foram analisados de modo a permitir a comparação da composição e estrutura entre os gradientes de uma mesma serra, bem como entre o mesmo gradiente de serras distintas. As famílias mais conspícuas em ambas as áreas foram Euphorbiaceae e Fabaceae. Na Serra Fontainha e Bonita, a espécie com maior valor de importância foi Croton blanchetianus, fato que evidencia o sucesso ecológico da espécie caracterizada pela sua alta frequência nas unidades amostrais. As demais espécies com os mais evidentes valores para os parâmetros fitossociológicos foram Poincianella pyramidalis, Mimosa sp. Aspidosperma pyrifolium, Piptadenia stipulaceae e Mimosa hostilis, espécies estas típicas de áreas mais degradadas. Houve diferenças na diversidade e estrutura da vegetação em relação aos gradientes altitudinais, sendo as áreas de topo as mais conservadas neste estudo. Assim, para área estudada a vegetação de caatinga em serras não necessariamente é a mais conservada no semiárido, pois os parâmetros aqui avaliados evidenciaram, nesses fragmentos serranos, uma vegetação com riqueza florística e diversidade baixas, quando comparadas a outros fragmentos de caatinga e que há influência da altitude na composição e diversidade dessas áreas serranas.