O entremez, o auto natalino e a dramaturgia em cordel: diálogos interculturais nas obras de Gil Vicente e Lourdes Ramalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Malheiros, Rodrigo Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais
BR
UEPB
Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1740
Resumo: Trata-se da análise-interpretação das peças O auto de Mofina Mendes, de Gil Vicente e Presépio Mambembe, de Lourdes Ramalho, em perspectiva comparada, a fim de investigar como a forma do entremez relaciona-se com a do auto natalino, em diálogo aberto entre o sagrado e o profano, a tradição e o popular. Para tanto, estudaremos o entremez, em suas especificidades enquanto forma híbrida, destacando seu caráter popular detectável tanto no ambiente em que se passa a peça, quanto nas ações e figurações das personagens no interior da mesma e o universo carnavalesco re-criado, em suas relações com o processo histórico-social de produção/recepção. No caso da obra de Lourdes Ramalho, destaca-se, também, o recurso à paródia, que marcará seu diálogo, no tempo, com a dramaturgia vicentina. Para tanto, investiga-se, historicamente e esteticamente a forma do entremez ibérico até sua chegada ao Brasil, no século XIX, bem como suas relações, nesta recepção, com a cultura oral da região Nordeste. O entrecruzamento cultural do entremez e da literatura de folhetos nordestina fornecem elementos estético-formais necessários para a interpretação do que se chama, neste estudo, de dramaturgia em cordel nordestina.