Contribuições da sociolinguística educacional para o trabalho com as variações linguísticas no Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Domingos, Edna Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Humanidades - CH
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3111
Resumo: O trabalho com as variações linguísticas, no ensino fundamental, ainda não se consolidou como uma prática cotidiana em sala de aula. Apesar do avanço dos estudos teóricos e das inúmeras pesquisas realizadas pela Sociolinguística Educacional, das discussões dessas teorias nos centros acadêmicos e nas escolas, as variações linguísticas ainda são tomadas como conteúdos escolares, pois muitos professores, apenas trabalham questões relacionadas à variação, quando estas estão presentes em algum capítulo do livro didático. Diante deste fato, esta pesquisa promoveu uma investigação em turmas de sexto e nono anos do ensino fundamental, com o intuito de observar como está atualmente sendo realizado o trabalho com as variações linguísticas em escola pública estadual de Ensino Fundamental, objetivando promover reflexões sobre a importância de se conhecer e aplicar os pressupostos da Sociolinguística Educacional no trabalho com o ensino da língua materna nos eventos de oralidade e de escrita. Para este estudo, tomamos como base teórica os estudos de Bortoni-Ricardo (2004; 2005; 2008), os Referenciais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (2001), Bagno (2003; 2007), Marcuschi e Dionísio et. al (2007), Faraco (2008), dentre outros, que nos indicam sobre a importância de estudar a linguagem em sua heterogeneidade. A metodologia de estudo adotada foi a qualitativa, e teve como corpus investigativo a aplicação de questionários a alunos e professores, e a observação de aulas em turmas de sexto e nono anos do ensino fundamental. A partir do acesso às salas de aulas e da investigação de suas rotinas de trabalho, observamos que os alunos ainda apresentam a concepção de língua ―certa‖ e ―errada‖, e que existe uma lacuna entre a teoria proposta pelos estudos sociolinguísticos e a realidade vivenciada na escola. Dessa forma, a realização deste trabalho se apresentou enquanto oportunidade de observar como se realiza na prática o trabalho com as variações linguísticas no início e término dos anos finais do ensino fundamental, ao mesmo tempo em que vem reforçar a importância de um trabalho efetivo e adequado da variação linguística nos eventos de oralidade e de escrita nesta etapa da educação básica. A proposta não é criticar a situação atual de ensino, mas verificar lacunas existentes para que se busquem esforços no sentido de preenchê-las.