Drama e alegoria: para uma análise-interpretação D'o verdugo, de Hilda Hilst

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Barbosa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2927
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo proceder a análise/interpretação de uma das peças escritas por Hilda Hilst, O Verdugo (1969). Pretendemos realizar a leitura em questão, atentando para o aspecto alegórico de que se reveste todo o conjunto da obra dramatúrgica da referida autora, como via de escape aos censores da Ditatura Militar, pois que foi escrita um ano após a vigência do AI-5. Perpassando um panorama geral da dramaturgia brasileira da época e culminando nas noções acerca do drama moderno, podemos afirmar que Hilda Hilst se aproxima de um paradigma estético, que, embora posto na forma tradicional, rompe com o seu conteúdo, no dizer de Peter Szondi. Ademais, há nesta obra uma aproximação entre sua escrita e uma maneira expressionista de posicionar suas personagens em um mundo que está em processo de decadência. De outro lado, a autora nos leva a considerar a utopia/distopia de que se reveste O Verdugo, incitando à reflexão e reavaliação da postura da humanidade: temática básica de Hilda Hilst se propõe a uma chamada para revolução. Veremos em que medida o Verdugo pode ser considerado alegoria desse momento revolucionário pretendido, na medida em que se relaciona a um contexto mais imediato, da indignação de Hilda Hilst com o próprio Regime Militar, conclamando o povo a mostrar “a cara de bicho” para que o “respeitem” e possa alcançar o seu “voo de pássaro”, a sua liberdade. Utiliza-se como texto-base para o tratamento da Alegoria o pensamento de Walter Benjamin, em A Origem do Drama Trágico Alemão, que versa também sobre esse herói trágico, com propósitos messiânicos, de redenção da humanidade aniquilada por sua própria ganância.