Diversidade funcional de peixes associados a corais em diferentes estados de conservação em ambientes recifais rasos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Letícia Brasileiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4257
Resumo: Sabe-se que os ambientes recifais detêm grande biodiversidade, sendo, entretanto, um dos ecossistemas mais vulneráveis a estressores, como mudanças climáticas e ações antrópicas. Estudos que abordam como os organismos se comportam em um determinado ambiente são cada vez mais relevantes, assim, trabalhos que envolvem a diversidade funcional das comunidades tornaram-se fundamentais na determinação de processos ecossistêmicos e do seu bom funcionamento. Este estudo visa responder qual é o efeito do estado de conservação dos corais sobre a diversidade funcional de peixes associados a duas regiões com comunidade coralínea em situação preocupante. Espera-se que o estado de conservação coralínea influenciará nos padrões de diversidade funcional das espécies associadas, afetando assim sua diversidade funcional. Para isso, as colônias de corais de dois ambientes recifais do estado da Paraíba, recifes de Areia Vermelha e do Seixas, foram classificadas quanto a presença de doenças, branqueamento, mortalidade e danos. Ao mesmo tempo, as assembleias de peixes recifais associados foram caracterizadas quanto à abundância relativa, estrutura de tamanho dos indivíduos e organizadas dentro de categorias funcionais. A partir de análises envolvendo índices de diversidade funcional, apesar da não significância dos modelos 2 e 4 do teste estatístico e das poucas correlações significativas mostradas pela análise complementar de Quarto Canto, os cálculos de diversidade funcional apontaram uma baixa uniformidade (FEve) e riqueza (FRic) funcional para as duas regiões (FEve= 0,42/ FRic= 0,3 – Areia Vermelha e FEve= 0,55/FRic= 1,87 – Seixas), o que corroboram com o apresentado em outros trabalhos que, de forma geral, constataram que a baixa cobertura de corais vivos e a complexidade reduzida de habitat, acaba causando uma diminuição na diversidade funcional de peixes recifais, corroborando também com a hipótese deste estudo. Além disso, em relação as colônias de corais, o estudo apontou a dominância do coral Siderastrea stellata, e que menos da metade das colônias de corais, para as duas regiões de estudo, encontram-se saudáveis e uma porcentagem considerável encontram-se com algum tipo de dano, principalmente o crescimento algal, o que pode ser indicativo de ambientes em recuperação e vulneráveis. Conclui-se que o estado de conservação coralíneo acaba por influenciar nos padrões de diversidade funcional das espécies de peixes associadas, uma vez que, tais ambientes recifais em situação preocupante proporcionam uma baixa diversidade funcional.