Nanoemulsões de anfotericina B: desenvolvimento, caracterização e atividade leishmanicida
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Ciências Farmacêuticas BR UEPB Mestrado em Ciências Farmacêuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2079 |
Resumo: | A leishmaniose é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Sua forma clínica mais grave, denominada visceral, se não tratada, pode ser fatal. A terapia convencional baseia-se na utilização de antimoniais pentavalentes e inclui a anfotericina B (AmB) como fármaco de segunda escolha. A formulação micelar de AmB, embora efetiva está associada a relatos de toxicidade aguda e crônica. Formulações lipídicas surgiram para contornar tais inconvenientes, porém o alto custo envolvido limita o amplo uso dessas preparações. Sistemas de liberação de fármacos nanoestruturados, como as nanoemulsões (NE), possuem comprovada habilidade em solubilizar compostos hidrofóbicos, melhorar absorção e biodisponibilidade, incrementar a eficácia e reduzir a toxicidade dos fármacos encapsulados. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de NE para incorporação de AmB. As NE foram formuladas pelo método de sonicação, através do emprego da mistura dos tensoativos Kolliphor ® HS 15 e Brij ® 52 com o óleo miristato de isopropila. Adicionou-se a AmB diretamente nas amostras, sob agitação magnética, com o emprego de soluções básicas e ácidas para solubilização do fármaco e ajuste do pH final. Todas as NE tiveram pH neutro e condutividade condizente com sistemas óleo em água, além de comportamento isotrópico. As NE apresentaram estruturas de formato esférico, com potencial zeta negativo e distribuição de tamanho monomodal. O diâmetro médio das gotículas com o fármaco variou de 33 a 132nm. A análise térmica revelou que a AmB não foi capaz de alterar o comportamento térmico do sistema, possivelmente por estar dispersa na fase interna. Com relação aos testes de estabilidade preliminar, a centrifugação provocou a precipitação do fármaco. O estresse térmico levou à turvação das amostras. Ao final do ciclo gelo-degelo todas as amostras mantiveram sua transparência. A AmBNE mostrou eficácia leishmanicida estatisticamente igual a da formulação de AmB micelar, o que a habilita para futuros ensaios para avaliar sua toxicidade e comprovar sua eficácia também sobre formas amastigotas, com a finalidade de torná-la uma alternativa para o tratamento da leishmaniose visceral. |