Apagamento do rótico em posição de coda silábica na escrita de alunos do 7º e 8º anos do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lopes, Sandra Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Humanidades - CH
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3094
Resumo: No ensino de Língua Portuguesa como língua materna, é comum encontrarmos, em diferentes graus de escolaridade, a influência da fala na escrita, seja nos aspectos textuais-discursivos, seja nos aspectos morfossintáticos e ortográficos. Dessa forma, neste trabalho buscamos investigar a interferência da fala na escrita de alunos do 7º e 8º anos do EF, matriculados em uma escola da rede pública do município de Guarabira-PB, por meio do apagamento do rótico em posição de coda silábica. Nosso propósito é evidenciar os contextos linguísticos e extralinguísticos favoráveis à realização ou não do segmento consonantal –R no final das sílabas. O corpus é constituído de 88 produções textuais, sendo 44 elaboradas antes e 44 após uma proposta de intervenção pedagógica. São considerados, como grupos de fatores que interferem ou não no apagamento do –R, o grau de escolarização, o sexo, a classe de palavras, a posição na palavra, a extensão da palavra e o contexto precedente. Como condicionadores ao apagamento do rótico, os resultados apontam as variáveis ano escolar (7º ano), classe de palavras (verbo), posição na palavra (final), extensão do vocábulo (palavra não monossilábicas) e contexto precedente (vogais altas e vogal baixa). Ainda foi possível perceber, a partir de uma proposta de intervenção considerando esses resultados, que um trabalho sistemático que atente, dentre outros fatores, para o trabalho com a consciência fonológica torna-se produtivo no contexto de ensino das especificidades ortográficas da língua portuguesa. Como base teórica, consideramos os estudos fonético-fonológicos (BISOL, 2005; SILVA, 2014, 2011; HORA e PEDROSA, 2012; CÂMARA Jr., 2008), os estudos da sociolinguística variacionista e educacional (BAGNO, 2007; LABOV, 1992; BORTONI-RICARDO, 2004, 2005) e noções relacionadas aos processos envolvidos na aquisição e desenvolvimento da escrita, incluindo as implicações da fala na escrita ao longo da escolarização (SCLIAR-CABRAL, 2013; MARCUSCHI e DIONISIO, 2007; STAMPA, 2009; FERREIRA e TEBEROSKY, 1999).