Mapa aberto para uma ecologia científico-poética
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEM |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2325 |
Resumo: | As ciências são construções humanas ordenadas a partir de modelos cognitivos distintos como, por exemplo, os saberes científicos e os saberes da tradição. Em sua essência esses saberes resultam de processos que fragmentam e dissociam o todo em partes para ordenar conhecimentos cada vez mais específicos, partindo de concepções parciais de mundo. Apesar da fragmentação ser um mecanismo necessário para a construção de conhecimento, é preciso investir em um exercício de religação – tanto dos saberes quanto dos seus modelos distintos de construção. Esse diálogo torna possível compreender a ecologia a partir da diversidade e da dinâmica não apenas entre espécies, mas, também, entre saberes. A pesquisa teve como objetivo constelar algumas possibilidades de operar este diálogo entre os saberes científicos e os saberes da tradição, tecendo pontos para um mapa aberto da ecologia do semiárido nordestino. Para isso foram utilizadas duas matrizes: 1) livros e artigos científicos, representando a narrativa de uma ciência analítica, paradigmatizada; e 2) fragmentos das músicas de Luiz Gonzaga, representando uma narrativa mais próxima da lógica do sensível. Este segundo eixo foi delineado a partir de uma cartografia da obra do autor, considerando apenas composições autorais e músicas que traçavam leituras sobre dinâmicas ecológicas. Estes filtros possibilitaram o delineamento amostral de 19 músicas, lançadas entre 1947 e 1989, a partir das quais procedi a uma análise temático-lexical (BARDIN, 2011). Os diálogos propostos entre as narrativas musicais de Luiz Gonzaga e os referenciais das Ciências paradigmatizadas mostram indícios de mestiçagens possíveis entre cultura científica e cultura da tradição na ordenação de conhecimentos sobre dinâmicas ecológicas. |