Território de benzimentos e cura do povoado Km 17, Codó- MA: uma análise Geocultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Poliana dos Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
Brasil
Departamento 1
PPG1
IBICT
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.uema.br/jspui/handle/123456789/2359
Resumo: Ato de bondade e fé, benzer, mesmo com todo o processo de modernização social, permanece (re)existindo e criando marcas identitárias em diversos locais, assim como acontece no povoado Km 17, Codó, Maranhão, objeto de estudo desta pesquisa e aqui entendido como território cultural. Pretendida como uma análise geocultural (BONNEMAISON, 2012), esta pesquisa objetivou interpretar o território cultural dos benzimentos e de cura do povoado em tela. Combinando benzimento, fé e cura, o grupo cultural formado por benzedeiras e benzedores sustentam ali territorialidades simbólicas que denotam buscas relacionadas a desconfortos físicos e espirituais. As casas que nos referimos funcionam como espaços rituais nos quais as benzeduras ocorrem, o que envolve a espessura mágica de altares que evocam divindades, bem como de quintais e de plantas de poder. Os resultados alcançados indicam que o território de benzimentos e cura do povoado km 17, tem significado e função que extrapolam os ensinamentos da medicina formal, estruturando-se numa espécie de medicina popular, cumprindo, assim, papel social relevante. Por outro lado, ainda que reconhecendo o preconceito religioso, sobretudo, por conta da relação do povoado com Codó – uma cidade marcada pela presença de religiões de matrizes africana, mal interpretada do ponto de vista religioso – os praticantes dos benzimentos só desejam continuar com seus costumes, mantendo suas convivências secretas com seus territórios de cura, invisibilizados por alguns, mas essencialmente vividos por eles: uma vivência que comporta forças ocultas, como, humildemente, nos revela o benzedor, a benzedeira.