Conflitos pós-coloniais e resistência em O diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente, de Sherman Alexie

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Luciana Lupi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Maringá
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Letras
UEM
Maringá, PR
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/4076
Resumo: O romance O diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente (2009), escrito por Sherman Alexie, indígena nascido nos Estados Unidos da América, ganhou diversos prêmios de literatura infantojuvenil, mas foi duramente criticado, chegando inclusive a ser proibido em bibliotecas de escolas estadunidenses por seu conteúdo que trata de assuntos como racismo, alcoolismo e violência. O objetivo principal desta dissertação é analisar a obra e seus aspectos de conflitos e resistência sob uma perspectiva pós-colonial. O romance possui traços autobiográficos e aborda temas importantes da história dos nativos americanos. A análise foi realizada em quatro capítulos que abordaram um breve relato da história dos índios americanos e a trajetória do escritor Sherman Alexie, a identidade e alteridade do sujeito pós-colonial, os conflitos sociais e raciais da obra e as ilustrações como forma de representação do indígena estadunidense. Utilizando-se de ironia e descrevendo vários temas polêmicos como sexualidade, pobreza, morte e alcoolismo, Alexie narra a história do jovem Arnold Spirit Junior e sua busca por novas oportunidades fora da reserva indígena Spokane. A personagem principal é cartunista e as ilustrações foram elaboradas por Ellen Forney. Na obra, assim como a vovó Spirit que representava a tradição e a modernidade unidas, Arnold também encontra na escola de crianças brancas em Reardan sua identidade híbrida. A personagem deixa de ser "menos que um índio" e passa a pertencer a várias tribos.