Formação docente e ensino de gramática : por uma pedagogia da variação linguística na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Calicchio, Fátima Christina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18398
Resumo: No contexto escolar brasileiro, o ensino de Língua Portuguesa enfatiza os aspectos cunhados pela tradição gramatical, ao privilegiar o ensino de regras e conceitos gramaticais de maneira formal e prescritiva, cuja prática tem sido motivo de preocupação e de estudos de pesquisadores na área da Linguística, especialmente na área da Sociolinguística, pelo fato de apresentar um distanciamento da realidade linguística brasileira. Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral promover uma aproximação entre os estudos desenvolvidos na área da Sociolinguística Educacional e a prática da sala de aula sob o formato de uma formação continuada aos professores de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II do Núcleo Regional de Ensino (NRE) de Maringá. Para isso, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória do tipo colaborativa, utilizando-se, para observação dos fenômenos linguísticos, três instrumentos para geração de dados e de análise: um Questionário Diagnóstico, um Questionário Avaliativo e a Proposta Didática, respondidos pelos professores participantes da pesquisa, a partir do Curso de Formação Continuada. Os dados gerados pelos instrumentos foram coletados via formulário do Google Forms e, posteriormente, lançados em gráficos e quadros. A seguir, tais formulários foram analisados qualitativa e quantitativamente tanto em relação às Crenças e às Atitudes Linguísticas dos docentes quanto ao que se refere às habilidades relacionadas às competências metalinguísticas e aos conhecimentos dos entrevistados sobre a abordagem da variação linguística. Duas hipóteses foram levantadas: i) os professores não estão preparados para o trabalho da Variação Linguística como uma dimensão da língua; ii) uma formação continuada pode contribuir positivamente para o trabalho do professor em relação à abordagem da variação linguística. As análises realizadas apontaram para as seguintes respostas: a) apesar de os professores apresentam conhecimentos relativos sobre a variabilidade, não estão preparados para o trabalho da Variação Linguística como uma dimensão da língua, asseverando a primeira hipótese; b) o curso “Variação linguística na escola: o que ensinar? Como ensinar?” respondeu à segunda hipótese, uma vez que promoveu avaliações positivas sobre o ensino da língua portuguesa e a abordagem da variação linguística.