Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves Neto, Henrique Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Londrina
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/326
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Resumo: |
Resumo: Esta tese tem como objeto os vídeos de Sociologia publicado na plataforma Youtube. O objetivo da pesquisa é investigar se há diferença, ou não, entre a Sociologia ensinada em sala de aula e essa ensinada no Youtube. Para tanto, nos pautaremos na seguinte hipótese: a) há um teor de entretenimento nos conteúdos; b) há um esvaziamento científico do conteúdo; c) o fim do conteúdo volta-se para as avaliações no modelo de vestibulares e Enem. Para compreender esse fenômeno, elaboramos um modelo analítico com base nas reflexões teóricas de Basil Bernstein (1996) e sua discussão sobre o dispositivo pedagógico. Este modelo nos permitiu encontrar os princípios dominantes que determinam a gramática do discurso pedagógico da primeira década do século XXI: capitalismo de vigilância (Zuboff, 1996), colonialismo de dados (Couldry e Mejias, 2019; Kwet, 2019), performatividade e conhecimento governante (Ball, 2020). Como estratégia metodológica para observar a ação desses princípios, analisamos cem vídeos do Youtube encontrados com a utilização da ferramenta YouTube Data Tools e com dez termos retirados dos livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2018. A análise dos vídeos relevou a existência e resistência de um código pedagógico pré-digital, pautado em uma gramática distinta da elaborada pela pesquisa. Encontramos a atuação dos princípios dominantes nas recentes formas educacionais brasileira, o Novo Ensino Médio (NEM) e a Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Ambas propostas dialogam com os princípios dominantes, seja na distribuição e organização de componentes curriculares, na definição de conteúdos e pressupostos epistemológicos e na seleção de agentes e agências envolvidos no processo de elaboração. Por fim, concluímos que o dispositivo pedagógico do século XXI atua em diferentes dimensões e em tempos distintos e talvez, por isso, ainda não tinha sido relevada a sua configuração. Esta tese é um exercício de desvelar o código digital que estrutura este novo discurso pedagógico. |