Ética docente: encarando possibilidades de violência e de humanidade com vistas a uma educação linguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Egido, Alex Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17478
Resumo: As ações humanas e, em específico, as profissionais, são orientadas e cotidianamente moldadas por princípios, dentre eles o ético. Nas possibilidades de educação linguística, destacam-se aquelas de orientação neoliberal, outramente e decolonial. Cada uma delas tem sido discutida a partir de conceitos de língua, propósito, modo, relações e ética. Este estudo doutoral, de natureza qualitativa, ontologia e epistemologia construcionista social e ética emancipatória, justifica-se pela necessidade profissional de reconhecimento e valorização dos princípios éticos que educadoras de línguas implementam diariamente em seus contextos; pela possibilidade de construir um entendimento colaborativo a respeito da ética docente e pelo interesse pessoal do pesquisador na valorização das relações humanas. O objetivo geral foi conhecer as experiências de vida das agentes da pesquisa, a fim de compreender os princípios éticos que elas consideram caros à educação linguística. A fim de alcançá-lo, os objetivos específicos foram (i) conhecer as experiências de vida que as agentes da pesquisa relatam influenciar nas suas proposições de ética na educação linguística, (ii) conhecer os arranjos entre as proposições de componentes éticos elaborados pelas agentes da pesquisa e (iii) conhecer as relações entre as experiências de vida das agentes e as proposições de componentes éticos. Paralelamente, buscou-se responder as seguintes perguntas de pesquisa: Quais experiências de vida as agentes da pesquisa relatam influenciar nas suas proposições de ética na educação linguística?, Quais os arranjos entre as proposições de componentes éticos elaborados pelas agentes da pesquisa?, e Quais as relações entre as experiências de vida das agentes e as proposições de componentes éticos? O material empírico foi construído durante 11 oficinas, conduzidas em três instituições públicas paranaenses de ensino superior, com a participação de 144 agentes da pesquisa, das quais seis eram educadoras de educadoras e 138 educadoras de línguas. A partir da metodologia da Análise Paradigmática e Sintagmática, foi possível concluir que suas experiências evidenciam formas horizontais e verticais de interação entre educadoras e alunas, as quais são influenciadas por terceiros, pelo contexto e pelas condições. Independentemente de como as educadoras escolhem se relacionar com suas alunas, sempre há algum nível de envolvimento. Em contextos de educação linguística, esse envolvimento é necessário, urgente e imperativo. Assim, enuncia-se a seguinte tese: Experiências que nascem mas extrapolam contextos educacionais impactam e justificam diferentes perspectivas éticas que educadoras de línguas tanto vivem em suas práticas profissionais cotidianas quanto entendem serem caras a um possível documento escrito que oriente a profissão docente de línguas. Os componentes éticos que entendem serem caros à profissão dizem respeito aos âmbitos do ser, do saber e do poder, que coexistem e carregam traços tanto coloniais quanto decoloniais quando observadas as proposições de proibições, deveres e direitos, tal como elaboradas pelas agentes da pesquisa.