Efeitos cardiovasculares do tratamento com escitalopram em ratos submetidos à separação materna precoce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Veríssimo, Luiz Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16909
Resumo: Resumo: A depressão é uma doença que acomete grande parte da população mundial e interfere drasticamente na qualidade de vida do indivíduo Estudos mostram uma conexão entre depressão e doenças cardiovasculares (DCV) em que a depressão pode aumentar a incidência ou ser causa de piora das mesmas Dessa maneira o uso de fármacos antidepressivos, sendo os inibidores seletivos da recaptação de serotonina os mais utilizados, pode ser benéfico em pacientes depressivos que apresentem algum risco cardiovascular Dentre eles, o escitalopram (ESC) destaca-se por sua melhor eficácia e segurança Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos cardiovasculares do tratamento com ESC durante 21 dias em ratos que foram submetidos à separação materna precoce e apresentaram comportamento depressivo-símile Foram utilizados ratos Wistar (75 dias) de ambos os sexos para o acasalamento e no período do dia pós-natal 2 ao 15 foi realizado o protocolo de separação materna precoce Aos 6 dias de idade, os filhotes machos passaram pelo teste do nado forçado para verificação do estado depressivo-símile Os animais que apresentaram o comportamento depressivo-símile receberam salina ou ESC 5 mg/kg, via intraperitoneal, durante 21 dias e foram submetidos ao registro invasivo da pressão arterial para análise dos seguintes parâmetros: valores basais de pressão arterial e frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca, variabilidade da pressão sistólica, bloqueio autonômico da frequência cardíaca, avaliação da frequência cardíaca intrínseca, atividade barorreflexo, resposta hemodinâmica a drogas vasoativas e resposta cardiovascular frente ao estresse agudo por restrição O tratamento com ESC reduziu o parâmetro de muito baixa frequência da VPS (p= ,11), indicando que o tratamento com ESC pode exercer efeitos sobre a modulação miogênica vascular, assim como a frequência cardíaca intrínseca relação ao grupo controle (p= ,2) Além disso, o tratamento com ESC aumentou o platô inferior (P1) da curva sigmóide da atividade do barorreflexo em relação ao grupo controle (p= ,236), associado ao aumento da atividade parassimpática cardíaca durante a atividade do barorreflexo No entanto, o tratamento com ESC não modificou os demais parâmetros cardiovasculares analisados no presente trabalho Levando-se em consideração os resultados obtidos pode-se sugerir que o tratamento com ESC em ratos com comportamento depressivo-símile favorece a resposta bradicárdica do barorreflexo e apresenta uma boa segurança para ser utilizado em pacientes depressivos com DCV, mas a redução da frequência cardíaca intrínseca poderia ser prejudicial em caso de pacientes idosos ou com arritmia cardíaca