Avaliação dos efeitos da atrazina nanoencapsulada em comparação com sua formulação convencional em biomarcadores do peixe Prochilodus lineatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrade, Laura Lui de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11296
Resumo: Resumo: Nanopartículas foram desenvolvidas como sistemas de liberação para agrotóxicos, melhorando suas características e aumentando sua eficiência Com isso permitem diminuição da dosagem e frequência de aplicação, diminuindo os riscos para os organismos não-alvos A atrazina (ATZ) é um herbicida amplamente utilizado, que possui um alto potencial para contaminar o ambiente e vários estudos apontam os seus efeitos em organismos não-alvo Sistemas de liberação para a atrazina (ATZ) foram desenvolvidos a fim de minimizar sua contaminação no ambiente, como as nanocápsulas preparadas com poli (caprolactona) Contudo, para o uso seguro da ATZ nanoencapsulada estudos que investiguem sua toxicidade são de grande importância Com isso, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos da ATZ nanoencapsulada e comparar com os efeitos de sua formulação convencional, em diferentes concentrações e tempos de exposição, sobre biomarcadores do peixe Prochilodus lineatus Os peixes foram expostos durante 24 e 96 h a ATZ nanoencapsulada (nATZ) e a atrazina (ATZ) nas concentrações de 2 e 2 µg L-1, apenas às a nanocápsulas sem o ativo (NANO), nas quantidades correspondentes, ou apenas a água desclorada (CTR) Foram realizadas análises hematológicas (número de eritrócitos, hematócrito e hemoglobina), quantificação da glicemia e de íons plasmáticos (Na+, K+, Cl-, Ca2+ e Mg2+), da atividade branquial das enzimas Na+/K+-ATPase, H+-ATPase, Ca2+-ATPase e Anidrase Carbônica No fígado foram analisadas a ocorrência de proteínas carboniladas e de lipoperoxidação, alterações na atividade das enzimas de biotransformação CYP1A e glutationa-S-transferase, no conteúdo de glutationa, assim como alterações nas defesas enzimáticas antioxidantes catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase Também foi analisada a ocorrência de danos genotóxicos e de alterações eritrocíticas nucleares em eritrócitos Os resultados mostraram que o herbicida nanoencapsulado se mostrou menos tóxico em comparação com a ATZ livre, pois não promoveu aumento na glicemia, alterações na atividade das enzimas antioxidantes, no conteúdo de glutationa, na atividade da enzima anidrase carbônica e tampouco aumento na frequência de micronúcleos e outras anormalidades eritrocíticas nucleares Contudo a exposição à nATZ, assim como à ATZ e as nanocápsulas sem o ativo, resultou em redução no conteúdo de hemoglobina, no aumento do escore de danos no DNA de eritrócitos, como também na alteração da atividade da enzima Ca2+-ATPase levando a diminuição do Ca2+ plasmático A análise integrada dos biomarcadores, por meio do cálculo do Índice Integrado de Respostas de Biomarcadores (IBR), mostrou que a exposição a ATZ promoveu alterações em um maior número de biomarcadores, seguido da ATZ nanoencapsulada e a exposição as nanocápsulas promoveu um menor número de alterações, indicando que a encapsulação do herbicida protegeu o animal dos efeitos da ATZ Assim, pode-se concluir que a nanoencapsulação da ATZ pode ser uma ferramenta para diminuir os danos desse herbicida ao meio ambiente