Gênero no cotidiano escolar de uma turma de educação infantil : uma análise na perspectiva histórico-cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Garcia, Juliana Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14100
Resumo: Resumo: Esse trabalho teve como objetivo investigar como emergem e como se caracterizam as questões relacionadas a gênero produzidas pelas crianças, nas suas interações ocorridas em sala de aula a partir de atividades livres propostas pela professora da turma Apoiados na perspectiva histórico-cultural de Vigotski, e nos estudos de Bakhtin e Voloshinov sobre a linguagem, concebemos que os significados construídos sobre gênero são internalizados a partir das relações sociais mediadas por signos ideológicos A pesquisa foi realizada em uma turma de Educação Infantil, pertencente à rede pública da cidade de Londrina/PR Foram participantes dessa pesquisa vinte crianças, de quatros anos A metodologia envolveu quatorze observações e filmagens realizadas no cotidiano escolar, incluída a sala de aula, no período da tarde, e a produção de um diário de campo feito pela pesquisadora ao final de cada dia Foram selecionadas para análise nove situações organizadas em três grupos compostos de três situações cada Dentre os resultados obtidos destacamos: as questões de gênero emergem na educação infantil, no cotidiano da sala de aula, na relação entre as crianças mesmo sem um planejamento prévio; em certas situações, as crianças envolvidas utilizaram como critérios definidores atributos presentes corporalmente e imediatamente visíveis, assim, bonecas e ursos de pelúcia foram definidos como meninos ou meninas, a partir das significações que as crianças fizeram de objetos, como acessório para cabelos, corte de cabelo e cor, enquanto atributo do objeto; em outras situações, as crianças ocuparam lugares sociais referentes ao contexto familiar, ou seja, ao brincarem assumiram papéis sociais de pai, mãe, filho, filha, esposa, companheira, esposo, companheiro, expressando modos de se comportar e de significar a si e ao outro; e houve também situações nas quais meninos e/ou meninas brincaram indiferentemente com carrinhos e bonecas, desconsiderando as referências ancoradas em gerações anteriores relativas a brinquedos ou determinadas atividades e afazeres, associados aos processos de transformação social das relações sociais mais amplas e nos modos de significação relativas a gênero em nossa sociedade