Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Bianca Dorana de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17122
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Resumo: |
Arthrographis kalrae é um fungo termodimórfico envolvido em diversas doenças em humanos, como ceratite, infecção pulmonar, sinusite, onicomicose, artrite, endocardite, meningite e acidente vascular cerebral. Estudos sobre a patogenicidade e fatores de virulência de A. kalrae são escassos, comprometendo o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. Sabe-se que A. kalrae causa síndrome neurológica em camundongos e que apresenta atividade proteolítica, hemolítica e citotóxica, sendo que estas atividades podem representar importantes fatores de virulência deste patógeno. Biofilmes são comunidades microbianas fixadas a uma superfície que produzem matriz extracelular (ECM) própria. A formação de biofilme confere aos microrganismos um importante fator de virulência, pois os biofilmes são altamente resistentes aos antimicrobianos e às defesas do hospedeiro. Diversos biofilmes fúngicos têm sido investigados, como os biofilmes de Candida spp. e Aspergillus spp., porém, até o momento, a formação de biofilme por A. kalrae não havia sido demonstrada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi demonstrar a formação de biofilme por A. kalrae e analisar as suas atividades citotóxica e hemolítica. O ensaio de biofilme foi feito em placas de poliestireno em diferentes tempos de incubação (4, 12, 24, 36, e 48 h) e a biomassa total do biofilme foi examinada por coloração de cristal violeta. Biofilmes de A. kalrae crescidos por 24 e 48h em poliestireno e em lamínulas de vidro foram analisados por microscopia eletrônica de varredura. Extratos totais de células planctônicas e de biofilme de A. kalrae foram analisados em ensaios de citotoxicidade (com linhagens celulares RAW 264.7 e JURKAT) e de atividade hemolítica (com hemácias de carneiro). A. kalrae formou biofilme em 24-48h com forte agregação de fungos e com área densa de ECM, principalmente em 48h. Os extratos totais de células planctônicas e de biofilme de A. kalrae apresentaram atividade citotóxica em células JURKAT. Nestas células, o extrato total de biofilme de A. kalrae apresentou maior atividade citotóxica em relação ao extrato total de células planctônicas (p<0,0001). Em células RAW 264.7, apenas o extrato total de biofilme de A. kalrae apresentou atividade citotóxica. O extrato total de células planctônicas de A. kalrae apresentou maior atividade hemolítica em relação ao extrato total de biofilme. Este estudo demonstrou pela primeira vez que A. kalrae apresenta capacidade de formar biofilme in vitro, que o biofilme apresenta atividades citotóxica e hemolítica e que o fator citotóxico é mais frequente nesta forma. |