A morfossintaxe da negação na língua Kaingang : uma análise preliminar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Zilli, Leticia Gabriele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18273
Resumo: A presente dissertação funda-se a partir de teóricos do Funcionalismo, Payne (1985, 1997) e Givón (1979, 2001), com base em seus estudos sobre a negação. Partindo disso, o trabalho visa estudar as formas de negação da língua Kaingang, com o objetivo geral de descrever os processos morfossintáticos envolvidos na formação de construções negativas na língua Kaingang, demonstrando uma compreensão sobre como a negação é expressa nessa língua indígena brasileira, o que permitirá contribuir, por meio da descrição linguística, com a elaboração de uma Gramática Pedagógica da língua. Essa gramática é muito relevante, pois a comunidade Kaingang da Terra Indígena Apucaraninha, localizada próximo a Tamarana-PR carece de materiais pedagógicos para o ensino da língua materna, portanto a elaboração de uma gramática da língua, se faz necessária. Diante disso, foram escolhidos exemplos de negação da obra Brilhos na Floresta, de Noêmia Ishikawa, de gravações feitas na Terra Indígena Apucaraninha, dos registros em glossários e exemplos de orações feitos quando dos primeiros contatos dos não indígenas com os Kaingang, bem como de alguns versículos da Bíblia. Os resultados mostram que a língua Kaingang possui várias partículas negativas, como tu, tum, tug, vó, nejé, ker, jãtu, pijé, cada qual com uma particularidade, sendo a palavra tu considerada padrão em orações declarativas.