A toponímia paranaense na rota dos tropeiros : caminho das missões e estrada de Palmas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moreira, Hélio Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10721
Resumo: Resumo: Este trabalho priorizou a catalogação, a classificação taxionômica, a descrição e a análise dos nomes dos acidentes físico-geográficos dos municípios paranaenses localizados no Caminho das Missões e na Estrada de Palmas, antigos Caminhos das Tropas, delineados no mapa elaborado por Brasil Pinheiro Machado (1963) A pesquisa teve também como objetivo verificar em que proporção o ciclo econômico do Tropeirismo deixou marcas na toponímia pesquisada Partindo do princípio de que o topônimo é um tipo de signo particularmente marcado por fatores extralingüísticos, na análise da motivação toponímica foram consideradas influências na toponímia paranaense de fatores como ambiente físico do território pesquisado, ciclos econômicos que interferiram de forma marcante na história do Estado, em especial o do Tropeirismo, e movimentos migratórios ocorridos no Estado do Paraná Os dados analisados foram coletados em mapas oficiais do IBGE, CD-ROM lançado em 24, e em mapas elaborados pela SEMA, em escalas 1: 1 e 1: 5 Para a análise dos dados foram utilizados fundamentalmente os princípios teórico-metodológicos propostos por Dick (199a e 199b) A pesquisa revelou que: i) 615 topônimos nomeiam acidentes humanos e 1173, acidentes físicos, dentre os quais, 1122 nomeiam cursos d'água; ii) as cinco taxionomias mais produtivas - fitotopônimos, zootopônimos, hidrotopônimos, antropotopônimos e animotopônimos - classificaram 112 topônimos, ou seja, 56,6% do corpus, confirmando a preferência por essas categorias de nomes na toponímia, fenômeno já evidenciado por estudos voltados para outras regiões brasileiras; iii) as marcas do Tropeirismo - ciclo econômico marcante na história social do Brasil - ficaram evidentes em 198 topônimos que representam 117% do total; iv) os nomes de base portuguesa predominaram no corpus estudado - 1371 (76,68%) topônimos -, apesar de ser também representativa a presença de línguas indígenas - 279 (156%) topônimos da língua indígena e 138 (7,72%) de outras línguas; v) 122 (67,23%) topônimos apresentam formação simples, enquanto 586 (32,77%) são constituídos por mais de um formante Por fim, o estudo confirmou que a toponímia dos municípios pesquisados reflete o ciclo econômico do Tropeirismo na história social do estado do Paraná