A exposição aguda ao chumbo induz danos no DNA de vários tecidos do peixe Prochilodus lineatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Monteiro, Vanessa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12752
Resumo: Resumo: Atualmente muitos trabalhos relatam a presença de poluição por metais nos corpos d’água Dentre estes metais o chumbo (Pb) ·considerado um agente químico de grande impacto ambiental, por ser extremamente tóxico aos organismos vivos e de ampla utilização na indústria de diversos produtos Considerando-se o potencial tóxico do chumbo e a necessidade de informação sobre seus efeitos para as espéces de peixes neotropicais, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial genotóxico do chumbo para a espécie de peixe Prochilodus lineatus, popularmente conhecido como curimba Para tanto grupos de 1 exemplares jovens de P lineatus foram expostos a uma concentração de ,48 mg L-1 Pb dissolvido ou em água pura (controle negativo) pelos períodos de 6, 24 e 96 h Além disso, foi realizado um teste de toxicidade in vitro, no qual células sanguíneas de P lineatus foram expostas ao chumbo durante 1, 3 e 6 h Para a avaliação dos danos genotóxicos foram empregados o ensaio do cometa para os eritrócitos, células branquiais e hepáticas, além do teste do micronúcleo e análise da ocorrência de alterações eritrocócicas nucleares Os resultados obtidos indicaram que o chumbo promove danos genotóxicos em eritrócitos, células branquiais e de fígado de P lineatus Os escores médios obtidos no ensaio do cometa para os três tecidos analisados de P lineatus após exposição de 96h ao chumbo foram significativamente maiores do que seus respectivos controles negativos A frequencia de células micronucleadas foi muito baixa e não se mostrou significativa após exposição ao chumbo Entretanto, a frequência de alterações eritrocíticas nucleares foi maior após exposições de 24 e 96 h O ensaio do cometa realizado com eritrócitos expostos, in vitro, ao chumbo mostrou um aumento significativo de danos no DNA após 1, 3 e 6 h Com base nestes resultados, tanto nos testes in vivo quanto in vitro, pode-se dizer que o chumbo apresenta um potencial genotóxico para a espécie P lineatus, promovendo fragmentação do DNA O chumbo não mostrou efeitos aneugênicos ou clatogênicos, como indicado pelo resultado do teste do micronúcleo; entretanto, a ocorrência de anormalidades nucleares eritrocíticas reforça a toxicidade do chumbo em células sanguíneas