Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Satil, Julianne Rosy do Valle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18387
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Resumo: |
Nossa pesquisa debruça-se sobre o ato de nomeação de cidades do Norte do Paraná, para tanto, consideramos narrativas assumidas como discurso oficial por órgãos governamentais. O recorte operado envolve os territórios nomeados durante o Ciclo do Café, período em que houve grande desenvolvimento econômico, o qual foi impulsionado pela atuação de empresas privadas, companhias estrangeiras que lotearam e comercializaram terras em toda a região. Partindo dos nomes próprios, buscamos observar e compreender os sentidos instaurados e movimentados pela designação, processo enunciativo tomado na história, que se define como construção do sentido de um nome. Como suporte, utilizamos o arcabouço teórico-metodológico proposto pela Semântica do Acontecimento, perspectiva intelectual de base materialista, que reconhece a enunciação como prática política e que dialoga com a Análise de Discurso de filiação francesa, Filosofia da Linguagem e Semântica Argumentativa. Pensando os nomes de cidade como enunciados e o mapa como texto, defendemos que as contribuições da semântica enunciativa proposta por Eduardo Guimarães nos conduzem à percepção de que o nomes próprios não classificam, mas identificam os espaços nomeados (Rancière, 1994), conferindo-lhes existência histórica. Nessa direção, o mapa ultrapassa sua função óbvia, a de ferramenta de localização e de representação territorial, e torna-se elemento que significa, recortando memórias e inscrevendo-se na história (Guimarães, [2002]2005a). Por meio do estudo que desenvolvemos, constatamos que os nomes se constituem por tensões de sentido, repercutindo enfrentamentos e desigualdades de várias ordens. Os nomes consistem em pontos de convergência entre historicidade e processos ideológicos, materializando, dessa maneira, a condição simbólica da linguagem. |