Acirramento da disputa entre projetos na política de assistência social: reflexos no exercício profissional de assistentes sociais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Magro, Amanda Letícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17839
Resumo: O presente estudo objetivou analisar os rebatimentos da conjuntura pós-2016 da Política de Assistência Social no trabalho profissional de assistentes sociais em exercício na política em municípios paranaenses. O percurso analítico iniciou-se através de levantamento bibliográfico acerca da Teoria Marxista da Dependência (TMD), ao partir da hipótese de que estas formulações poderiam subsidiar a compreensão do padrão de políticas sociais vislumbrado na América Latina, e em particular, no Brasil, e assim, as características historicamente assumidas pela Política de Assistência Social. Por sua vez, na busca por aproximações ao objetivo geral da dissertação, foram realizadas cinco entrevistas semiestruturadas com assistentes sociais trabalhadoras do SUAS no estado do Paraná, alcançadas através do procedimento snowball. Para análise dos dados coletados, utilizou-se a Análise Temática, e três eixos temáticos foram privilegiados: i) restrições orçamentárias no âmbito da Política de Assistência Social: serviços socioassistenciais à míngua; ii) exercício profissional e persistência de paradigmas assistencialistas e clientelistas no interior da Política de Assistência Social; e iii) exercício profissional de assistentes sociais na Política de Assistência Social pós-2016: deterioração das condições objetivas de trabalho, tensionamentos e disputa entre projetos. Deste modo, foi possível inferir que a intrínseca disputa entre paradigmas distintos no âmbito da PAS, em que concorre, de um lado, suas tradicionais características assistencialistas e conservadoras e seu lugar de não política, e de outro, seu caráter de política pública de direito, é acirrada e após 2016 pende em desfavor a este primeiro paradigma. Entretanto, através do diálogo com os profissionais, nota-se que as condições de trabalho constrangidas foram de ordem objetiva. Os dilemas pertinentes às condições subjetivas de trabalho no âmbito da PAS datam previamente a 2016.