Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Backschat, Letícia de Paula Von |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18263
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Resumo: |
O comportamento feminino tem sido objeto de investigação sistemática em dois campos de estudo na psicologia, sendo eles a psicologia da mulher e a psicologia feminista. Embora ambos tenham surgido nos anos de 1970 nos Estados Unidos, a psicologia da mulher se propõe a investigar comportamentos específicos das mulheres, porém sem necessariamente pautar suas discussões nas relações de poder e opressão que afetam homens e mulheres de diferentes maneiras em contextos sociais e históricos patriarcais, como a psicologia feminista se dispõe. Considerar uma perspectiva feminista de gênero possibilitaria compreender o comportamento feminino como resultado de uma história pessoal entrelaçada com contextos de desigualdade de gênero, permitindo também questionar e buscar alterações em práticas e teorias psicológicas, tornando a psicologia mais justa e igualitária. Os primeiros artigos analítico-comportamentais nacionais que exploraram relações entre feminismo e Análise do Comportamento datam de 2014, 2016 e 2017. Tendo em vista que já se passou quase uma década da primeira publicação de um artigo nacional sobre feminismo e Análise do Comportamento, o que tem mudado nas discussões sobre comportamento feminino nos estudos analítico-comportamentais? Pensando nisso, o objetivo desta pesquisa foi apresentar um panorama a respeito de quando e como aspectos feministas tornaram-se presentes nos estudos analítico-comportamentais brasileiros com termos sobre gênero e sexo femininos. Para isso, inicialmente, foi realizado o download de todos os volumes e números dos principais periódicos nacionais especializados em Análise do Comportamento, sendo eles: Revista Brasileira de Análise do Comportamento; Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva; Perspectivas em Análise do Comportamento, mais a Acta Comportamentalia. Por meio do mecanismo Ctrl+F foi buscado o conjunto de palavras-chave: mulher, feminino e fêmea e seus respectivos plurais. Os critérios de inclusão foram artigos publicados a partir de 2003, que consistissem em pesquisa teórica, básica ou aplicada, que utilizassem a orientação analítico-comportamental e que apresentassem ao menos três ocorrências de alguma das palavras-chave mencionadas anteriormente no corpo do texto, repetidas ou não. Os artigos foram divididos em dois períodos de publicação diferentes, sendo eles de 2003 a 2013 e de 2014 a 2023. Essa separação visou quantificar as publicações selecionadas apresentadas antes e depois das primeiras publicações feministas analítico-comportamentais nacionais. A análise quantitativa apresentou a catalogação das 1591 publicações coletadas em periódicos nacionais no período de 2003 a 2023. Dentre todos os artigos selecionados, 142 (8,9%) foram escritos em português, baseados no comportamentalismo radical e apresentaram ao menos três ocorrências de uma ou mais palavras-chave mencionadas anteriormente dos quais 42 (29,5%) apresentaram aspectos feministas em suas discussões. Com base na análise realizada, foi possível constatar que, embora a Análise do Comportamento tenha se proposto a discutir questões femininas, a aproximação com o feminismo ainda é escassa. No entanto, 90% dos textos com aspectos feministas selecionados correspondem ao segundo período (2014-2023), o que sugere uma influência significativa das primeiras publicações nacionais feministas na maneira como a área tem estudado o comportamento feminino. Esse aumento indica que, apesar de as discussões em periódicos nacionais especializados ainda majoritariamente não abordarem aspectos feministas, esse cenário está mudando. Observa-se uma tendência crescente de integração de perspectivas feministas, o que pode enriquecer e diversificar as abordagens na Análise do Comportamento, promovendo uma compreensão mais completa e crítica das experiências das mulheres |