Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martelini, Rita de Cássia Simões |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9654
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Resumo: |
Resumo: A partir de pressupostos teóricos da Semântica Argumentativa e da Linguística Textual, estudamos neste trabalho as estratégias linguístico-discursivas utilizadas por Machado de Assis para falar da abolição da escravatura e da chegada da República, em algumas crônicas da série “Bons dias!” (1888-1889), publicada na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro Nosso corpus de pesquisa é formado por cinco crônicas dessa série, distribuídas entre as dez primeiras, no sentido cronológico, nas quais se concentram as temáticas escolhidas para a análise Nosso estudo prioriza dois aspectos relevantes da cronística machadiana: o trato com a linguagem e a relação com o contexto histórico, fatores que nos motivam a explorar um importante momento da política nacional, cujos desdobramentos comprometiam a livre expressão dos órgãos da imprensa Nesse panorama, aliando anonimato e habilidade discursiva, Machado de Assis, escritor já consagrado pela obra ficcional, reagia aos acontecimentos diários da capital do Império e participava dos debates em torno da alteração de regime, consequência imediata da abolição Nosso objetivo é mostrar como, por meio de uma linguagem implícita e reticente, permeada por artifícios linguístico-discursivos (entre eles, a metáfora, a repetição, a intertextualidade intergenérica, a personificação e a seleção lexical), o obscuro cronista da Gazeta lança seu olhar profundamente cético aos festejos abolicionistas e comenta, de maneira irônica e reprovativa, a iminente mudança para o sistema republicano Orientando o raciocínio para essa conclusão, Machado, nessas crônicas, endossa a concepção linguística na qual baseamos nossa tese, a de que todo discurso subentende uma ideologia e reflete um posicionamento (KOCH, 211) |