Arquitetura de espécies arbóreas de diferentes estratos em uma Floresta Estacional Semidecidual do Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Haddad, Thaís Mazzafera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13126
Resumo: Resumo: A arquitetura das plantas pode ser estudada por relações alométricas e tem grande importância ecológica por auxiliar no entendimento da dinâmica e ecologia das florestas e evolução das plantas Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual (Parque Estadual Mata dos Godoy), localizado em Londrina, no norte do Paraná, Brasil e foram formuladas as seguintes hipóteses: espécies que ocupam os diferentes estratos da floresta na maturidade tendem a apresentar relações alométricas diferentes no decorrer do seu desenvolvimento, relacionadas à maximização da captação de luz pelas espécies de subosque e maior incremento em altura pelas espécies de dossel e emergente para atingir mais rapidamente ambientes com maior luminosidade e seu tamanho reprodutivo; espécies pertencentes a um mesmo estrato, p ex subosque, podem apresentar diferença em sua arquitetura possibilitando a coexistência de várias espécies em um único estrato florestal; embora a disponibilidade de luz para os indivíduos pertencentes às espécies que ocupam os diferentes estratos da floresta seja semelhante dentro de cada classe de altura, a interceptação de luz entre esses indivíduos difere dependendo do estrato ao qual a espécie pertence Foram estudadas duas espécies de subosque (Actinostemon concolor (Spreng) MüllArg e Sorocea bonplandii (Baill) WCBurger, Lanj & de Boer), uma de dossel (Holocalyx balansae Micheli) e uma emergente (Aspidosperma polyneuron MüllArg) A partir de 5 cm de altura, indivíduos encontrados em três trilhas pré-estabelecidas na área tiveram as seguintes variáveis arquiteturais avaliadas: altura total, diâmetro a altura do solo, diâmetro a altura do peito, profundidade da copa e área horizontal e vertical da copa Para cada indivíduo foi estimado o índice de iluminação da copa e o índice de interceptação da copa em duas estações Os indivíduos encontrados foram divididos em sete classes de altura e foram amostrados aproximadamente 3 indivíduos por espécie em cada classe As relações alométricas, as variáveis arquiteturais, o índice de iluminação e o índice de interceptação da copa foram comparados entre os indivíduos das quatro espécies em cada classe de altura O índice de iluminação e o índice de interceptação foram comparados nas duas estações separadamente Os indivíduos das espécies de subosque apresentaram maiores incrementos em copa quando comparados com os das espécies de dossel e emergente, o que possibilita maior exploração da luminosidade por esses indivíduos que completarão seu ciclo de vida no subosque Apresentaram também, maiores incrementos em diâmetro do caule, quando comparados com os indivíduos de H balansae Embora tenha havido convergência na arquitetura dos indivíduos das espécies de subosque foi constatado diferença em algumas das relações alométricas e variáveis arquiteturais entre A concolor e S bonplandii O índice de iluminação da copa não diferiu entre as espécies nas diferentes classes de altura, no entanto o índice de interceptação dos indivíduos das espécies de subosque foi maior que o das espécies de dossel e emergente, nas duas estações Os resultados indicaram que as diferenças arquiteturais entre os indivíduos das espécies estudadas se deram, principalmente, pelo fato de elas pertencerem aos diferentes estratos da floresta