Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ota, Angela Yoshiko |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18227
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Resumo: |
A história dos povos originários é marcada por lutas, em todos os sentidos, inclusive, quando se pensa em almejar um espaço como sujeitos comunicacionais na mídia hegemônica. Com base neste contexto, esta pesquisa busca refletir como os indígenas vieram ocupando o espaço midiático, em específico do telejornalismo, ao longo da história do país e de que forma a comunicação hegemônica tem se relacionado com a temática indígena. Em especial, nos interessa pensar nas possibilidades de decolonizar as representações midiáticas dos povos indígenas na abordagem jornalística, a partir da necessária superação do paradigma da tutela, para que os indígenas tornem-se sujeitos comunicacionais. Para isso, a pesquisa aplica conceitos de colonialidade e interculturalidade e analisa, com base em autores como Bourdieu, Wolf e Medina, os processos de fazer jornalístico, permeados pela visão eurocentrista. O estudo utiliza autores indígenas, como Kopenawa, Krenak, Luciano Baniwa, Werá e Tupinambá, que apresentam os fatos sob a perspectiva dos povos originários, se debruça sobre personagens indígenas em diferentes períodos da história e como eles foram mostrados em reportagens jornalísticas da época, e aplica a netnografia como metodologia de pesquisa, que é baseada no trabalho de campo online. A pesquisa explora ainda uma reportagem do Jornal Nacional na série “Brasil em Constituição”, que mostra a importância da Constituição Federal para a garantia dos direitos dos povos originários e analisa o relacionamento da mídia atual com os indígenas, sinalizando a precursão de uma abordagem mais dialógica. Destaca-se que o giro decolonial da autorrepresentação dos povos indígenas auxiliou na transformação da representação desses povos e possibilitou o maior protagonismo indígena nas produções telejornalísticas. Conclui-se que os povos originários passaram a utilizar a comunicação como arma de luta por direitos, principalmente durante a Constituinte, a partir do momento em que entendem que é fundamental a presença na mídia para alcançar conquistas coletivas. Assim, a visibilidade no telejornalismo é empregada também para reafirmar suas posições como cidadãos brasileiros. |