Estas três paredes do meu apartamento : intertexto, ruptura da ilusão e autoficção como recursos metateatrais em O Homem e a Mancha, de Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Ricardo Augusto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14010
Resumo: Resumo: Caio Fernando Abreu (1948-1996) alcançou nítido reconhecimento nesse começo de século XXI, seja pelos estudos de suas obras, seja pela propagação de informações nas redes sociais Entretanto, uma face de Caio continua misteriosa: o Caio-dramaturgo, escritor de peças que revelam domínio do gênero dramático Como contribuição aos estudos da dramaturgia caiofernandiana, este trabalho analisa como o metateatro ocorre na peça O homem e a mancha em diálogo com outros textos dramáticos do autor, além de seus contos e romances O intuito é apontar os elementos metateatrais, como a quebra de ilusão, o intertexto e evidenciar ainda um outro recurso: a autoficção Assim, a partir de teorias de Julia Kristeva, Harold Bloom, Laurent Jenny, Gérard Genette e Typhaine Samoyault, verificamos como se constrói a intertextualidade na peça de Caio e, retomando os conceitos de metateatro propostos por Lionel Abel, Manfred Schmeling e Tadeusz Kowzan, analisamos as diferentes formas de quebra de ilusão, da mise en abyme às falas metateatrais explícitas Para finalizar, alguns conceitos de teatro autobiográfico e autobiografia de Philippe Lejeune contribuem para a análise do teatro de Caio Fernando Abreu, jamais autobiográfico, mas passível de leitura autoficcional Para tanto, contamos com o respaldo teórico de Serge Doubrovsky, Vincent Colonna, Philippe Gasparini e Diana Klinger Nossa hipótese é que, uma vez colocando sua vida no palco por trás dos seus personagens e de sua ficção, Caio Fernando Abreu possibilita uma nova leitura de sua obra, incluída em um espaço híbrido que coloca em xeque noções de real e ficcional, instaurando a ficção ao mesmo tempo em que a revela