Marcas da ditadura militar no norte do Paraná : a prisão e morte de Henrique Ornellas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Borges, Daniel Sartori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9272
Resumo: Resumo: No dia 18 de agosto de 1973, na cidade de Arapongas, no norte do Paraná, o advogado criminal Henrique Cintra Ferreira de Ornellas foi preso pelo exército brasileiro e conduzido inicialmente ao 3ª Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, em Apucarana (PR), sendo posteriormente transferido para Brasília em um avião da FAB Três dias depois, em 21 de agosto 1973, o advogado foi encontrado sem vida em sua cela, enforcado e usando o mesmo pijama com que fora preso O inquérito aberto para “apurar responsabilidade de componentes de uma quadrilha de assaltantes com possíveis ligações com subversão”, à qual estaria ligado, não comprovou qualquer envolvimento seu em atividades criminosas O trabalho aqui realizado é pautado na análise dos Autos Findos 454 de 1973 (vasta documentação relativa ao Inquérito Policial Militar que investigou o caso), em notícias jornalísticas sobre o caso e documentações levantadas posteriormente ao caso pela Comissão Nacional da Verdade Por meio da análise da referida documentação e do diálogo com a bibliografia relativa ao tema, tanto em termos contextuais como teóricos e metodológicos, o trabalho investiga a maneira como o aparato repressor arquitetado pela Ditadura Militar, em especial por meio das Leis de Segurança Nacional, alcançou as mais diversas localidades do país, transcendendo os eixos centrais (RioSão Paulo) geralmente temas dos debates sobre o período Além disso, também é possível perceber que a perseguição e repressão do Regime Militar não ficaram restritos aos opositores declarados do regime Como mostra a documentação, indivíduos que nada tinham a ver com os grupos contrários ao governo, como era o caso do advogado Ornellas, estavam também sujeitos a serem incriminados pelos mecanismos autoritários, bastava que as peças do sistema se organizassem para que determinado indivíduo fosse compreendido, mesmo que de maneira forçada, como um inimigo do sistema