Influência do consumo de sacarose e frutose sobre a morfologia e função do sistema reprodutor masculino de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alvarenga, Daniele Sapede
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17079
Resumo: O aumento do consumo de açúcar é responsável pela incidência de hipertensão, obesidade e diabetes em crianças e adolescentes. O estilo de vida pode resultar em alterações nesses indivíduos quando adultos, afetando o desenvolvimento pós-natal do sistema reprodutor e prejudicando a fertilidade. O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre elementos antioxidantes e oxidantes como os radicais livres. Dessa forma, níveis elevados de radicais livres estão envolvidos em diferentes processos patológicos. Alimentos ricos em componentes antioxidantes estão associados com uma melhor qualidade de vida. Pterostilbeno é um componente antioxidante das blueberries e tem demonstrado benefícios terapêuticos em várias doenças. Sendo assim, nós levantamos as hipóteses: se o alto consumo de frutose no período puberal poderia afetar a fase adulta; e se a administração alta de sacarose na fase adulta afeta o sistema reprodutor e o uso de antioxidantes melhora os efeitos gerados. Para isso, ratos Wistar machos (30 dias de idade) foram distribuídos em quatro diferentes grupos: Fr30, que receberam frutose (20%) na água por 30 dias; Re-Fr60, que receberam frutose (20%) por 30 dias e permaneceram por mais 60 dias sem o tratamento; e dois grupos controles C30 e Re-C60, com água ad libitum. No segundo modelo experimental, ratos Wistar machos (60 dias de idade) foram tratados com solução de sacarose (40%) ou água por 150 dias e distribuídos em quatro grupos: grupo Controle; Pterostilbeno (40mg/kg por gavagem); Sacarose (40%) na água; Sacarose (40%) + Pterostilbeno (40mg/kg) por mais 45 dias. Frutose induziu um aumento de túbulos seminíferos anormais com vacúolos epiteliais, degeneração e células imaturas no lúmen, além disso, aumentou a produção diária de espermatozoides (DSP). Após descontinuar o tratamento, a DSP e o número de espermatozoides diminuiu significativamente. Sacarose induziu estresse oxidativo reduzindo túbulos seminíferos normais, células de Leydig e Sertoli e o número de espermatozoides normais. No entanto, o tratamento com pterostilbeno não foi eficiente em reduzir a peroxidação lipídica nos testículos. Nós concluímos que o consumo de frutose em ratos peribuberais leva a alterações no sistema reprodutor observadas na fase adulta; e o tratamento com pterostilbeno não foi eficiente em reduzir os danos oxidativos nos testículos causados pelo alto consumo de sacarose.