Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nalli, Morgana Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17402
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Resumo: |
Esta pesquisa debateu as perspectivas quanto à inclusão e exclusão de pessoas LGBTQIA+ no ambiente religioso da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB, mais especificamente na Paróquia São Lucas de Londrina. A escolha por essa denominação religiosa se deve ao fato de que a IEAB tem sido reconhecida como uma igreja inclusiva por ter no seu corpo sacerdotal pessoas LGBTQIA+, além de pregarem a aceitação da diversidade de gênero. O que são as igrejas inclusivas? Marcelo Natividade (2019) observou que no Brasil, o cristianismo tende a destinar às pessoas LGBTQIA+ certa hostilidade e, quando mais “aberto” a essas pessoas, prevalece a promessa da “libertação do homossexualismo” e diversos projetos de “cura gay”. Em contrapartida, constituíram-se igrejas no Brasil que adotaram discursos e práticas religiosas que retiram a diversidade de gênero do campo do pecado e a concebem como parte do plano divino, que vem ganhando legitimidade, tornando possível a participação dessas pessoas não só como leigos mas também como pastores, presbíteros, diáconos, ou seja, permite a elas a participação na vida eclesial em concomitância com sua sexualidade ou identidade de gênero. Mas até que ponto essas igrejas realmente incluem essas pessoas? Há algum tipo de imposição de condições para sua participação? Há uma tentativa por parte do corpo sacerdotal de praticar o proselitismo? Ou há uma prática de inclusão que reflete uma proposta de acolhida e de aceitação de uma sexualidade e identidades diversas? O primeiro capítulo discorre sobre o percurso metodológico da pesquisa, demonstrando os planejamentos iniciais e as mudanças ocorridas, para a conclusão da pesquisa. Neste sentido, foi adotado como método de pesquisa a análise bibliográfica e documental dos arquivos produzidos pelo Centro de Estudos Anglicanos, os relatórios das Conferências de Lambeth (1978 a 2022), os documentos produzidos pela Paróquia São Lucas de Londrina, além dos materiais audiovisuais, de imagem e textuais disponibilizados nas páginas do Facebook da Paróquia e do grupo Roda de Conversa: Sexualidade e Espiritualidade, de 2016 a 2022. Procuramos, no segundo capítulo, apresentar como se pode entender as categorias de sexualidade, de gênero e de certo modo as violências de gênero e como eles se articulam com a discussão sobre as religiosidades queer. Este capítulo foi metodologicamente norteado pela análise bibliográfica e documental que permita entender, mesmo que sumariamente, cada um daqueles aspecto já mencionados. Os capítulos 3 e 4, pautando-se na análise documental buscará caracterizar a Igreja Anglicana e suas práticas inclusivas. No capítulo 3 apresentamos a história da Igreja Anglicana buscando perceber seus elementos para a adoção de práticas inclusivas na Paróquia São Lucas de Londrina. Por fim (capítulo 4), a partir das fontes eletrônicas, como páginas de Facebook da Paróquia São Lucas de Londrina e do grupo Roda de Conversa, através das comparações entre os documentos audiovisuais, iconográficos e os documentos bibliográficos, pude perceber até que ponto a inclusão da população LGBTQIA+ acontece na IEAB, ficando claro que esta ainda está em construção dentro da província brasileira. |