Associação da poluição aérea com o desempenho de identificação olfatória de moradores de São Paulo: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Scussiatto, Henrique Ochoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18149
Resumo: Objetivo: A exposição a material particulado de 10 µm ou menos de diâmetro (MP10) tem sido implicada em doenças pulmonares e cardiovasculares. No entanto, o efeito do MP10 no olfato não foi bem estabelecido. Estimamos os níveis individuais de exposição aguda e crônica ao MP10 em uma grande coorte brasileira e os relacionamos à capacidade de identificar odores. Métodos: Adultos paulistas (n=1.358) foram recrutados em áreas com diferentes níveis de poluição atmosférica. Para verificar a exposição individual à poluição atmosférica, as médias de 30, 60, 90, 180 e 364 dias de MP10 foram interpoladas para os CEPs dos sujeitos por meio do método de krigagem. O desempenho da identificação olfativa foi testado usando o Teste de Identificação de Olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT®). Regressões lineares múltiplas foram utilizadas para calcular o efeito da poluição do ar no desempenho da identificação olfativa, controlando variáveis demográficas e outras variáveis que afetam o sentido do olfato. Resultados: As exposições agudas ao MP10 foram relacionadas a piores pontuações UPSIT®, incluindo 30- (ß = -0,94, intervalo de confiança [IC] de 95% -0,98, -0,89), 60- (ß = -1,09, IC 95% = - 1,13, -1,04) e intervalos de 90 dias (ß = -1,06, IC 95% -1,10, -1,02) (referência para ß: aumento de 1 µm/m3 na exposição a MP10 por ponto de diminuição na pontuação UPSIT®). Exposições crônicas também foram associadas a pior olfato nos intervalos de 180 dias (ß = -1,06, IC 95% -1,10, -1,03) e 364 dias (ß = -0,87, IC 95% -0,90, -0,84). Assim como em trabalhos anteriores, homens, idosos, pessoas de baixa renda e baixa escolaridade demonstraram pior desempenho olfativo. Conclusão: A exposição aguda e crônica ao MP10 está fortemente associada ao desempenho de identificação olfativa em adultos brasileiros. Compreender os mecanismos subjacentes a estas relações poderia ajudar a melhorar a função quimiossensorial com um grande impacto na saúde pública