A raiva na literatura : uma leitura de As Mulheres de Tijucopapo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Machado, Serafina Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11412
Resumo: Resumo: O presente trabalho tem como objetivo uma análise do romance As mulheres de Tijucopapo, de Marilene Felinto, centrada na questão da raiva, observando este sentimento como uma forma de comunicação que revela importantes informações sobre os obstáculos opressivos encontrados pelas pessoas, sinalizando a necessidade de mudança Através de um diálogo com as teorias de Lowen (1997), Spelman (1989), Thomas (1993), e outros, demonstraremos que este sentimento influencia a vida da protagonista Rísia, tornando-se a grande temática da obra A presença da raiva no romance permite a aplicação do sentimento ao universo linguístico do texto e à própria condição existencial da narradora Destacaremos, na obra, uma linguagem metafórica, sendo que as metáforas da raiva permitem verificar como estas construções carregadas de projeções universais traduzem fatores culturais e contextuais em sua convencionalização lexical Esta análise metafórica será fundamentada pelos teóricos Lakoff e Johnson (22), Lakoff e Kovecses (1987), Kovecses (1999, 2) Observaremos, também, a raiva como base de uma estética Baseando-se nos estudos de Theodor Adorno (1988) demonstraremos que a tensão da obra é reveladora de uma tensão externa Ou seja, a realidade conflitiva e tensa, não pode formular-se somente em nível temático, mas, igualmente em âmbito formal Desta forma, o romance se estrutura tal qual um labirinto revelador do caos interior da protagonista; caos que se reflete na estrutura da obra, marcada pela completa dissolução de categorias tradicionais como espaço, tempo da narrativa, personagens Acima de tudo, a raiva, no romance, pode ser entendida como forma de empoderamento, como transgressão e transformação de uma realidade social, traduzindo o objetivo da protagonista Rísia em descobrir-se, de (re)tecer sua identidade