Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Jean Gabriel Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18639
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Resumo: |
Introdução: a sitosterolemia é uma doença autossômica recessiva rara caracterizada pelo acúmulo de esteróis vegetais na corrente sanguínea e tecidos devido ao aumento da absorção e diminuição da excreção biliar dessas substâncias. É causada por variantes em ambos os alelos dos genes ABCG5 ou ABCG8, localizados no cromossomo 2p21. Os pacientes costumam apresentar xantomas tuberosos e tendíneos, além de aterosclerose coronariana precoce e, assim como nas hipercolesterolemias familiares, aumento do risco para infarto agudo do miocárdio e morte súbita. A terapia farmacológica inclui sequestradores de ácidos biliares e inibidores da absorção intestinal de esteróis; orientações dietéticas fazem parte do tratamento. Entender melhor os mecanismos de transmissão gênica de uma patologia rara, bem como avaliar a eficácia dos tratamentos instituídos, contribui para o tratamento e aconselhamento genético do paciente e familiares. Objetivo: verificar a presença de variantes alélicas nos genes ABCG5 e ABCG8 em um paciente com diagnóstico de sitosterolemia e seus familiares, bem como analisar alterações no perfil lipídico e de sitoesterois. Além disso, pretendeu-se avaliar a resposta do tratamento instituído ao paciente durante o período de acompanhamento. Método: relato de caso de um paciente com sitosterolemia em acompanhamento por 17 anos. Foi realizada a coleta e análise de DNA obtido por esfregaço oral e sangue periférico do paciente índice e nove familiares, bem como dosagem de perfil lipídico e sitoesterois. Também foi realizada avaliação clínica e exames de imagem para verificação da resposta clínica ao tratamento realizado. Resultados: o paciente avaliado apresentou mutação em heterozigose composta no gene ABCG5 e em relação aos seus familiares de primeiro grau, três apresentaram uma variante alélica cada sem apresentação do fenótipo da doença. O paciente foi tratado ao longo dos 17 anos de acompanhamento com ezetimiba 20mg/dia, bem como seguiu orientações dietéticas, não tendo havido aumento dos xantomas tendíneos nem desenvolvimento de aterosclerose carotídea significativa, embora as concentrações de sitosterol tenham permanecido elevadas. Conclusão: a sitosterolemia permanece como uma doença rara e pouco diagnosticada. Os achados relacionados às variantes alélicas podem servir para entender melhor a expressão fenotípica da patologia. O tratamento prescrito ao paciente não normalizou as concentrações plasmáticas de fitosteróis, porém foi capaz de estabilizar a progressão dos xantomas e da doença aterosclerótica. |