Sepse polimicrobiana na Síndrome metabólica murina: efeitos da aspirina sobre a formação de armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs), marcadores inflamatórios e parâmetros cardiovasculares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Nakama, Raquel Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18591
Resumo: A obesidade é um problema de saúde pública, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, e está fortemente associada à síndrome metabólica (SMet), que inclui hipertensão, dislipidemia e resistência à insulina. Outra condição de alta relevância é a sepse, com elevada incidência em unidades de terapia intensiva (UTIs) e alto risco de mortalidade, especialmente em indivíduos obesos. No entanto, dados recentes sugerem um "paradoxo da obesidade", em que a obesidade pode exercer efeitos protetores em infecções críticas, como a sepse. Além disso, o uso prévio de aspirina em doses baixas tem sido associado à redução da morbimortalidade na sepse. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do pré-tratamento com aspirina e da síndrome metabólica em um modelo de sepse severa. Foi utilizado modelo murino de Smet induzido por injeção de glutamato monossódico (4 mg/g) em camundongos Swiss do 1° ao 5° dia de vida. Os animais machos receberam aspirina (40 mg/kg) durante 15 dias antes da indução da sepse, que ocorreu no 75° dia, pelo método de ligadura e punção do ceco (CLP). Foram avaliados parâmetros hematológicos e glicêmicos, indicadores cardiovasculares, além de análises de citocinas, óxido nítrico e lactato plasmático. Neutrófilos da medula óssea foram isolados para investigar a liberação de armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs). No lavado peritoneal, foram avaliadas a migração leucocitária, os níveis de citocinas inflamatórias, óxido nítrico e a contagem de unidades formadoras de colônia (UFC). Observou-se que tanto a SMet quanto o pré-tratamento com aspirina em animais controle, conferiram proteção contra a sepse severa, aumentando a sobrevida dos animais e atenuando alterações características, como hipotensão, hipoglicemia e inflamação exacerbada. Concluímos que a Smet e o pré-tratamento com ASA em animais controle, exercem efeitos que fortalecem o “paradoxo da obesidade” após indução da sepse severa, compartilhando similaridades protetoras sistêmicas e imunoregulatórias Esses achados contribuem para o entendimento da fisiopatologia da sepse e apontam para possíveis estratégias terapêuticas para mitigar seus efeitos deletérios.