Análises citogenéticas em espécies de peixes da Família Characidae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Monteiro, Ana Beatriz Goes Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8952
Resumo: Resumo: A família Characidae é composta por um grande número de peixes distribuídos por toda a região Neotropical Devido a sua elevada diversidade esse grupo apresenta algumas incertezas referentes tanto a sua identificação quanto as suas relações filogenéticas, por isso ao longo do tempo muitos integrantes dessa família apresentaram modificações na sua classificação Diante disso muitos gêneros taxonomicamente confusos foram alocados em Incertae sedis, porém estudos recentes sugerem um novo agrupamento de alguns gêneros como é o caso de Astyanax e Markiana Ambos despertam interesse da citogenética, o primeiro gênero por possuir uma grande diversidade cariotípica e o segundo pela falta de dados citogenéticos Sendo assim o presente trabalho analisou citogeneticamente exemplares de Astyanax aff fasciatus de três diferentes localidades: Ribeirão Três Bocas/ PR, Rio Laranjinha/ PR e Ribeirão Jacú/ SP e Markiana nigripinnis do Rio Miranda/MS com o objetivo de fornecer dados sobre a estrutura e evolução cariotípica dessas espécies A população do Ribeirão Três Bocas apresentou três fórmulas cariotípicas diferentes denominadas: A- 1m +16sm +2st-a; D-1m+2sm+16st-a e H-8m+16sm+22st-a, enquanto que as populações do Rio Laranjinha e do Ribeirão Jacú apresentaram apenas um cariótipo cada: A-8m+ 22sm+16st-a e D-1m+16sm+2st-a, respectivamente O bandamento C evidenciou padrões distintos de heterocromatina para cada localidade, onde cada fórmula cariotípica apresentou quantidade e distribuição diferenciada A coloração com os fluorocromos base-específicos demonstrou a heterocromatina dos cariótipos A e D do Ribeirão Três Bocas exclusivamente CMA3, enquanto que o cariótipo H apresentou heterocromatina CMA3 e DAPI positivos As populações do Rio Laranjinha e do Ribeirão Jacú apresentaram heterocromatina tanto CMA3 quanto DAPI positivos, com maior número de marcações ricas em pares de base AT A grande diversidade genética observada em Astyanax aff fasciatus corrobora com a hipótese da existência de um complexo de espécies Os espécimes de M nigripinnis analisados apresentaram número diploide 2n=52 e fórmula cariotípica: 32 sm + 2 st-a, com constrição secundária no braço longo de um par de cromossomos submetacêntricos, coincidentes com a RON, com a sonda de DNAr 18S e CMA3+ O bandeamento C revelou marcações na região pericentroméricas e intersticiais proximais em cromossomos st-a, sendo alguns desses cromossomos DAPI+ A FISH com sonda DNAr 5S apresentou um par com marcação intersticial Os dados citogenéticos para Markiana nigripinnis se mostraram semelhantes ao observados para outras espécies da subfamília Stevardiinae geraram informações importantes que apoiam as hipóteses mais recentes que sugerem o posicionamento de M nigripinnis dentro da subfamília Stervardiinae