Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Joyce |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16547
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Resumo: |
Resumo: Essa tese caracteriza Clarice Lispector como cronista perceptora, a partir do estudo e da análise de suas crônicas reunidas na coletânea A descoberta do mundo (1981) Observo de modo particular as crônicas cujos temas estão relacionados à fome, à miséria, ao lugar da mulher pobre na sociedade carioca, entre outros assuntos de ordem social e que me permitem apontar na proposta da cronista certo engajamento no que tangem as causas sociais Nesse sentido, apresento o momento histórico no qual as crônicas foram produzidas com o intuito de entender o que é que se havia de perceber naqueles tempos Chamo a atenção, sobretudo, para a evidente desigualdade social que acometia especialmente a cidade do Rio de Janeiro entre as décadas de 196 e 197, período no qual as crônicas foram escritas Na época, o Brasil sofria com a ditadura militar e com as ações opressoras por meio da censura que limitava as manifestações artísticas, o que não intimidou Clarice Lispector A ousadia tímida da cronista transforma-se em parresía literária graças ao caráter denunciativo de seus textos Baseio-me, ainda, em arcabouço teórico que gira em torno da crônica enquanto gênero literário de origem jornalística, bem como nas teorias que me permitem explicar a apurada percepção da cronista Michel Foucault, em O governo de si e dos outros (21), e Gilles Deleuze e Félix Guattari, em Kafka por uma literatura menor (215), são autores essenciais para a concatenação deste raciocínio a que me proponho Entretanto, Walter Mignolo, em Histórias locais/Projetos globais (23), constitui um dos principais fios condutores da presente tese, sobretudo no que diz respeito ao que o autor chama de pensamento liminar A perceptora Clarice Lispector promove rupturas com as propostas do projeto cultural moderno conduzindo o leitor a uma mudança de lugar epistêmico A percepção da cronista volta-se para o marginal e a partir daí o leitor é direcionado sem, no entanto, fixar-se num único ponto de vista, o que denota a liminaridade do pensamento |