Diversidade e composição funcional de comunidades fitoplanctônicas: determinantes ambientais e incertezas nos índices

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Machado, Karine Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/tede/handle/tede/299
Resumo: A diversidade funcional e a composição funcional podem ser utilizadas como uma boa estratégia para predizer a dinâmica dos ecossistemas assim como os fatores que afetam a sua estabilidade. Variáveis ambientais em escala local e de paisagem são responsáveis por diferentes processos estruturantes dentro das comunidades, incluindo a composição de traços funcionais. Além disso, estes também podem influenciar os valores de diversidade funcional. Atualmente existem inúmeros índices funcionais disponíveis na literatura, sendo que estes são distintos quanto à metodologia utilizada em seu cálculo. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo analisar a influência de variáveis ambientais em escala local e de paisagem sobre a composição funcional do fitoplâncton e ainda investigar as incertezas quanto à utilização dos índices de diversidade funcional baseados em dendrogramas e de seus métodos de ligação ao longo de pontos amostrais distribuídos em um gradiente ambiental. Foram amostradas 29 lagoas de inundação no médio Araguaia e rios tributários. Essas comunidades foram caracterizadas funcionalmente por meio da mensuração de 10 traços funcionais divididos em três categorias (i.e. morfológicos, fisiológicos e comportamentais). Em seguida, esses foram utilizados para calcular quatro índices de diversidade funcional baseados em dendrogramas (RGF – Riqueza de Grupos Funcionais; FD – Diversidade Funcional, MPD – Distância Média entre Pares de Espécies e MNTD – Distância Média do Táxon mais Próximo) através de sete métodos de ligação distintos. Constatou-se que as variáveis ambientais em escala local são as principais determinantes para os traços fisiológicos e comportamentais, sendo que as variáveis de paisagem não têm influência significativa para a composição funcional do fitoplâncton. Por outro lado, os índices de diversidade funcional mostraram-se distintos entre si, tanto para os valores obtidos dentro de uma mesma comunidade como pelas variáveis ambientais pelos quais são preditos. Além disso, não existem diferenças significativas entre os métodos de ligação e constatou-se a ausência de um padrão de variação ao longo das unidades amostrais. Estes resultados indicam que as características físicas, químicas e biológicas dos habitats atuam para determinar quais traços funcionais devem ocorrer. Nesse sentido, alterações (principalmente antrópicas) sobre as características locais das lagoas devem ser evitadas, uma vez que isto pode afetar a composição de traços funcionais. Por outro lado, uma melhor atenção deve ser dedicada á escolha do índice.