Entre a proposta de espaço urbano planejado e a desordem: um estudo da cidade de Ceres-GO

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Teixeira, Leandro Borges
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás; UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado; Brasil; UEG; Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)
• Palavras-chave em Português: Urbanização - Goiás; Espaço urbano - Desordem – Ceres - Goiás; Segregação socioespacial – Ceres(GO); Urbanization - Goiás; Urbanization - Disorder - Ceres-GO; Socio-spatial segregation - Ceres-GO; GEOGRAFIA HUMANA::GEOGRAFIA URBANA; FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL::TEORIA DA URBANIZACAO
• Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1494

O presente estudo investigou o processo de urbanização da cidade de Ceres-GO, urbe na qual seu núcleo urbano histórico, começa a se formar ainda dentro do território da Colônia Nacional Agrícola de Goiás (CANG), por uma proposta de uma cidade planejada. Todavia, no desenrolar da urbanização da cidade, conjuntura ditada pela lógica da produção do espaço capitalista, e não obstante a esta realidade, constituiu-se em uma cidade com distintas espacialidades, no qual muitas destas localidades, foram criadas pelo Poder Público para atender as classes sociais de baixo poder aquisitivo – mediante a doação de lotes e casas populares, ou apenas os lotes, outrora por meio de subsídio habitacional –; formando assim, os denominados bairros de interesse social. Sobretudo, um espaço urbano em desordem e segregado, onde os instrumentos legais, que a princípio, deveriam orientar o parcelamento do solo urbano, demonstraram seu caráter inócuo. Contudo, o objeto focal deste trabalho foi identificar a origem e as condições em que foram estabelecidos os bairros de interesse social e, neste interim, compreender as dificuldades impostas a população que residem nestes espaços de segregação socioespacial. Para tanto, a pesquisa que tem caráter qualitativa, se utilizou de entrevistas e relatos orais com os locais para analisar na escala do cotidiano, os óbices de lograr nessas localidades. Em suma, o estudo conclui que é a política de classe que efetivou a segregação residencial nas diferentes espacialidades da urbe ceresina, determinando ou conduzindo o processo de forma explícita. Trata-se de uma abordagem crítica apoiada nas concepções teóricas do materialismo histórico e dialético e, em autores como: Corrêa (2020), (2021); Carlos (2017), (2018); Souza (2021); Castells (2021)