Espécies não-nativas e o seu papel sobre a estruturação da diversidade de assembleias de peixes de água doce em riachos neotropicais
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1130 |
Resumo: | As ameaças sobre a biodiversidade do planeta podem estar ocasionando um sexto processo de extinção em massa, e a introdução de espécies não-nativas em ecossistemas aquáticos de água doce é uma complexa e preocupante ação promotora desta perda de diversidade. O processo de introdução ameaça toda a estruturação das assembleias de peixes, em alguns locais ocasionando extinções, enquanto em outros pode até mesmo contribuir com a elevação da variabilidade de atributos. Sendo assim, é fundamental a compreensão de como a presença das espécies não- nativas afeta os diferentes componentes da diversidade biológica das assembleias de peixes em ecossistemas de água doce, o que traz ao objetivo principal do trabalho: investigar o papel das espécies de peixes não-nativas sobre os diferentes aspectos da diversidade das assembleias de peixes de riachos de cabeceira de água doce e a sua relação com o ambiente, utilizando como região de estudo a bacia do Alto Rio Paraná. Para tanto: 1) registramos a ocorrência de peixes para 586 assembleias com a presença apenas de espécies nativas ou de espécies nativas e não- nativas; 2) calculamos a riqueza de espécies, a diversidade taxonômica e diversidade funcional para cada assembleia; 3) comparamos os dois grupos de assembleias mencionados acima com o método dos mínimos quadrados generalizados; e 4) avaliamos a relação das espécies nativas e não-nativas com as variáveis ambientais através com uma análise de RLQ. Dentro dos 586 riachos amostrados, foram encontradas 159 espécies das quais 28 são consideradas como espécies não-nativas. Os resultados indicaram que há diferença quanto a riqueza e a diversidade taxonômica das assembleias de peixes compostas apenas por espécies nativas daquelas assembleias com a presença das espécies não-nativas, mas que não há diferença para a diversidade funcional. Os resultados demonstraram ainda que riqueza de espécies e diversidade taxonômica são maiores nas assembleias com a presença de espécies não-nativas. Por fim, a RLQ demonstrou que existe uma influência do ambiente sobre a distribuição das espécies, mas que ela não é mediada pelos atributos funcionais das espécies. Possivelmente, o processo de filtragem ambiental e/ou aos impactos antrópicos existentes sobre estas assembleias de peixes na região do Alto Rio Paraná gera um empobrecimento a ponto das assembleias aumentarem a a sua quantidade de espécies e a sua diversidade de taxa com a introdução de espécies não- nativas, o que torna o ambiente local e os impactos sobre eles fatores importante para explicar os padrões de distribuição das espécies de peixes de água doce e de seus atributos funcionais em assembleias de riachos de cabeceira. |