Memória e identidade no romance "A memória de nossas memórias", de Nicole Krauss
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/783 |
Resumo: | Nesta dissertação, proponho uma análise do romance A memória de nossas memórias, de Nicole Krauss (2012), verificando o entrelaçamento da temática da memória e da identidade. Neste romance, Krauss constitui as diversas personagens que habitam nos interstícios da narrativa por meio do recurso mnemônico, o que leva a hipótese de que a representação da memória, no romance A memória de nossas memórias, tem um papel preponderante na construção da identidade dos narradores. Os conceitos de memória e de identidade se manifestam imbricados na tessitura desse romance, de forma que, ao falar sobre as diversas memórias dos narradores e as construções das identidades das personagens, os aspectos concernentes aos Regimes Totalitários implantados durante o século XX (Estado Nazist — Ditadura Militar Chilena) são indispensáveis para entender essa relação, especialmente por serem resgatados pela memória. Esta dissertação apoia-se também na temática concernente a solidão que é uma sensação recorrente na vida das personagens e narradores, sobretudo quando elas atravessam experiências traumáticas, geralmente relacionadas às consequências assombrosas dos Regimes Totalitários, ao esquecimento ocasionado pelo Mal de Alzheimer e à morte. Assim, esses sentimentos demarcam o caráter existencial de cada história narrada no romance. Nesse livro, há uma presença misteriosa de um objeto mobiliário, a “escrivaninha”, que desperta estranhamento e ao mesmo tempo fascinação naqueles que tiveram a oportunidade de possuí- la durante um espaço de tempo. Símbolo da memória de antepassados, o objeto é responsável por transportar lembranças e experiências dos diversos proprietários que já a tiveram. No romance de Nicole Krauss, fica evidente uma relação conflituosa entre o passado e presente na conjuntura das personagens e narradores; entre as relações familiares e amorosas; entre a memória e o esquecimento. Todos esses componentes ficam evidentes através da composição mnemônica e identitária, temas centrais desta dissertação. |