A Vida social e os conhecimentos do homem : um estudo sobre a formação do Emílio de Jean-Jacques Rousseau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silveira, Cristtofer Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/966
Resumo: Esta dissertação busca investigar os saberes que o homem é capaz de obter por meio da educação negativa presente no “Emílio” de Jean-Jacques Rousseau. Parte-se do pressuposto de que a vida social apresenta-se como uma torrente de imagens, sensações e embaraços que se põem diante do homem moderno, caracterizando-se como “amarras”, pois dificultam-lhe o autoconhecimento. Ao conhecer a si próprio, o homem se torna capaz de ser bom tanto para si quanto para o outro. Discute-se esses saberes à luz dos conceitos operatórios rousseaunianos: estado de natureza, estado civil e bondade original. Vale-se da passagem da ilha das sereias presente na “Odisseia” de Homero como estratégia para ilustrar as dificuldades e as “amarras” que a vida social apresenta ao homem do estado civil, sendo tais circunstâncias simbolizadas pelo canto das sereias, ao passo que a cera utilizada pelo herói para evitar ceder ao canto representa o conjunto dos saberes que o homem, a partir de uma educação guiada pela natureza, será capaz de obter, a fim de utlilizá-los na convivência em sociedade. Conclui-se que a formação ordenada de acordo com a natureza é capaz de proporcionar ao homem todos os saberes de que ele necessitará para o enfrentamento das dificuldades que constituem a vida social e que o conjunto desses saberes lhe possibilitará o conhecimento de si mesmo, sabendo dimensionar – diante de todas as situações existentes no contexto da vida social – a extensão de suas necessidades e o limite de suas forças. Assim, ao superear as dificuldades presentes no canto, o homem formado pela educação natural se tornará um genuíno Ulisses, pois saberá valer-se do artifício da cera como forma de preservar a si e a seus semelhantes, ao passo que aquele que despreza o que a natureza tem a lhe ensinar e deixando-se levar pela torrente, se apresentará, na vida em sociedade, como um Ulisses fragilizado.