Livros de autoajuda : uma análise da narrativa ideológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Ítalo Alessandro Lemes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/890
Resumo: O objetivo da presente dissertação é refletir sobre o fenômeno do consumismo dos livros de autoajuda, cuja ideologia contribui para a alienação e a coisificação da consciência. O significativo crescimento mercadológico do livro de autoajuda no mundo contemporâneo justifica a importância dessa análise no campo das ciências humanas, o que em nossa compreensão decorre de múltiplos fatores. Destacamos, para o encantamento/consumo do leitor, o uso intenso da publicidade que aliada aos recursos financeiros e tecnológicos se concentram nas mãos de pequenos grupos que controlam a produção editorial. São grupos que geralmente escrevem, publicam e comercializam as obras de autoajuda, mas não se preocupam com a coerência, buscam prioritariamente assegurar o lucro e por isso dão preferência a obras literárias-ilusionistas. Estas visam à manipulação, no sentido de entorpecer o indivíduo e torna-lo inconsistente da própria condição no sistema. As narrativas positivistas dos livros de autoajuda, sobretudo como conservação da ordem social, por meio do discurso do individualismo e fundamentadas na inversão da realidade social, argumentam em favor da elaboração de falsa consciência, principalmente no que fazem propostas sobre as possibilidades de enriquecimento a partir da primazia das ideias e não das condições objetivas de existência na sociedade capitalista.