Dogma 95: reflexão sobre unidade estilística e a recepção da crítica cinematográfica estadunidense (1998-2001)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araújo, Felipe Monteiro Peireira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em História
Brasil
UEG
Programa de Stricto sensu de Pós-Graduação em História (PPGHIS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1664
Resumo: O Dogma 95 foi um movimento dinamarquês criado no ano de 1995, ano em que se completava o centenário do cinema. Por seu intento, o movimento objetivou realizar uma crítica ao status da mídia fílmica de sua época, tendo como principal alvo (embora não somente) o cinema industrial hollywoodiano, a fim de defender um ideal de cinema que, para os correligionários do movimento, respeitariam uma verdade cinematográfica pura. Para tanto, os fundadores do movimento publicaram um manifesto no qual estipulam uma série de 10 regras – parodiando os 10 mandamentos – que os cineastas devem seguir para produzir um filme dogmático. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é discutir de que modo se construiu uma unidade estilística específica no movimento nos primeiros quatro filmes da chamada Era Dinamarquesa (1998-2000), quais sejam, Dogma #1: Festa de Família (Thomas Vinterberg, 1998), Dogma #2: Os Idiotas (Lars von Trier, 1998), Dogma #3: Mifune (Soren Kragh-Jacobsen, 1999) e Dogma #4: O Rei Está Vivo (Kristian Levring, 2000), bem como compreender de que modo este estilo produz efeitos no espectador e um comentário sobre o status da mídia, além de resgates e ressignificações com relação a estéticas precedentes, tanto do próprio cinema nacional dinamarquês quanto de outras obras do cinema internacional. Em seguida, buscamos igualmente compreender de que modo se deu a recepção destes filmes no meio do principal objeto de crítica do movimento, qual seja, o cinema norte-americano, a partir do levantamento de críticas veiculadas em jornais e revistas dos Estados Unidos da América, a fim de compreender as dinâmicas de poder existentes entre as instâncias da produção e da recepção fílmica. Com isso, consideramos que o preenchimento de uma importante lacuna historiográfica em torno da discussão estética e receptiva do movimento poderá ser vislumbrada.