Caracterização morfofisiológica e severidade de Cephaleuros virescens em mangueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vasconcelos, Camila Vilela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Produção Vegetal
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Produção Vegetal (PPGPV)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/427
Resumo: A manga é considerada uma das mais importantes frutas tropicais cultivadas no mundo, em que o Brasil é o sétimo produtor mundial. Entretanto, muitos são os problemas encontrados nesta cultura como a mancha de algas, causada por Cehaleuros sp., que após se instalar em plantas de mangueira causam lesões foliares e tendem a se expandir e, como consequência ocorre redução da área fotossintética das folhas. Há poucos estudos referentes a características morfológicas, isolamento e epidemiologia deste microrganismo. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização taxonômica do agente causal da mancha de algas em mangueira, o seu isolamento em meio de cultura, estudo da sua fisiologia in vitro e distribuição de lesões no campo. Para tanto, foi realizada a caracterização em microscópio de luz das estruturas do patógeno e o isolamento foi avaliado em diversos meios de cultura (com e sem adição de hormônios), com subsequente avaliação do crescimento e a observação da gênese de estruturas reprodutivas. Para estimar a incidência e severidade, um total de dez plantas (5 x 5 m) do pomar da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foram avaliadas ao longo de cinco dias. Assim, com relação a sintomatologia, foram observadas lesões foliares de formato arredondado e coalescentes, de cor laranja, com textura aveludada, principalmente na face adaxial. As dimensões obtidas para esporangióforos e esporângios foram de 245,5 - 545,6 x 10,5 - 19,1 μm e de 21,4 - 34,2 x 16,3 - 24,7 μm, respectivamente. Não foi possível o isolamento da alga, a partir de fragmentos de tecido, em meio sólido, mas apenas em meio líquido Trebouxia. Entretanto, após isolamento em meio líquido, foi possível o cultivo em meio sólido, onde estruturas vegetativas e reprodutivas puderam ser visualizadas, com ou sem adição de hormônio, dependendo do meio de cultura. Na avaliação em campo, a incidência da doença nas plantas foi de 80 - 100% (média de 92,25%) não havendo diferença estatística entre as plantas; enquanto que para a severidade, metade das plantas exibiram de 4,68 a 7,31% de área foliar coberta com sintomas da mancha de algas (afcsma) e a outra metade posicionou-se em uma faixa superior (de 9,37 a 15,06% de afcsma). Assim conclui-se que: (1) descrições baseadas na sintomatologia, aliada às características micromorfológicas indicaram, que a alga encontrada em mangueira trata-se de Cephaleuros virescens; (2) o tamanho do esporangióforo é um caractere mais seguro para diferenciar C. virescens de C. parasiticus; (3) há necessidade da germinação de estruturas reprodutivas para originar talo vegetativo in vitro; (4) a adição de hormônio ao meio de cultivo, individualizada, não está relacionada como promotor do processo de gametogênese in vitro em Cephaleuros; (5) de forma oposta a incidência, a severidade possibilita evidenciar plantas em maior grau de ataque do que as demais e; (6) plantas com maior sombreamento apresentam maior severidade.